Você é tímido?
Você é tímido?
Se você se encaixou na descrição acima provavelmente deve estar se fazendo essa pergunta.
Sabemos hoje da importância que as interações e relações com pares têm no desenvolvimento saudável, para um bom funcionamento psicológico, social e acadêmico. Antes de qualquer coisa, o que é timidez?
Tímido seria aquela pessoa que apresenta baixa interação com seus pares, além de não conseguir participar de interações de maneira bem sucedida. Essas pessoas costumam ter medo de interagir com desconhecidos, medo da avaliação ou desaprovação social. Ou seja, elas costumam evitar interações sociais e, consequentemente, ambientes em que ocorram a interação (uma mesa de bar ou uma festa, por exemplo).
Em relação às causas, muitos fatores podem estar relacionados à timidez. Pouco contato social, relações familiares empobrecidas (pais pouco empáticos, por exemplo), modelos inapropriados de interação ou até mesmo pais que premiam a dependência da criança e desencorajam a interação social.
E então, o que fazer? Se você, que está lendo isso, se encaixou na descrição acima, provavelmente deve estar se fazendo essa pergunta.
Muitas vezes caracterizamos os tímidos como se eles não sofressem com o jeito que eles se comportam, “considerando que eles são assim mesmo, nasceram assim”. Entretanto, o retraimento social pode ter várias implicações negativas.
A timidez vem, freqüentemente, acompanhada de grande sofrimento, stress, e até depressão. Muitas vezes, a pessoa tímida gostaria de interagir com os outros, mas por determinadas razões, cautela, receio, evitam o contato social.
Assim como outros sentimentos, o comportamento tímido pode ser classificado ao longo de um continuum, encontrando-se desde uma timidez muito leve, que não interfere na vida do indivíduo, até transtornos muito sérios, que podem levar a um sofrimento e desadaptação muito grande frente à vida.
A timidez em excesso pode levar ao transtorno de ansiedade social (caracterizada por uma ansiedade significativa), que é um transtorno psiquiátrico e como tal deve ser tratado por profissionais especializados, psiquiatras e psicólogos, de preferência que utilizem intervenções comportamentais e cognitivas, que são baseadas em evidências científicas.
* Psicólogas da Link Psicologia