Decisão do BC permite que pequeno exportador e importador negocie câmbio
Decisão do BC permite que pequeno exportador e importador negocie câmbio
No Brasil, 83% dos exportadores e 86% dos importadores cadastrados no Ministério da Economia comercializam até US$ 1 milhão em bens e serviços por ano.
A decisão aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, permite que corretoras câmbio façam operações de até US$ 300 mil com posição própria (sem precisar de um banco para a operação) dá a 80% dos exportadores e importadores espaço para negociar taxas de câmbio com um rol maior de instituições financeiras e melhorar sua competitividade.
Ao ampliar o limite de negociação das corretoras, a maior parte das empresas pode fechar a operação de câmbio diretamente com estas instituições, aproveitando atendimento especializado no comércio exterior e a possibilidade de negociar taxas mais atraentes.
Muitas micro e pequenas empresas brasileiras deixam de fazer vendas ou compras no exterior porque não têm conhecimento sobre como realizar o pagamento da transação. A operação é complexa, e empresas de menor porte precisam, muitas vezes, de assessoramento personalizado para viabilizar o negócio, o que é oferecido por instituições financeiras de câmbio, como bancos de nicho, corretoras e distribuidoras.
Até agora, instituições não bancárias de câmbio podiam fazer operações até US$ 100 mil. Para qualquer contrato acima deste valor, estas instituições trabalhavam como intermediadoras da operação entre a empresa e um banco, que dividiam a rentabilidade.
O número de empresas cadastradas junto ao Ministério da Economia para fazer exportação e importação caiu 36% desde o ano passado. A alta do dólar tem forte impacto nas compras externas, ao mesmo tempo que a desaceleração econômica afeta a demanda no país.
Fonte: Abracam - Associação Brasileira de Câmbio