Mesmo na crise econômica e sanitária, bancos aumentam as tarifas
Mesmo na crise econômica e sanitária, bancos aumentam as tarifas
Estudo do Idec aponta que, em meio à pandemia de covid-19, qualidade de serviços piorou e houve alta migração de consumidores para bancos digitais.
Os bancos tradicionais brasileiros apresentaram reajustes abusivos de tarifas mesmo diante da crescente digitalização de serviços financeiros e das consequências econômicas da pandemia de Covid-19. Este é o diagnóstico do Relatório Comparativo de Tarifas Bancárias do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que analisa reajustes no sistema financeiro desde 2009.
O relatório de 2021 (realizado entre junho de 2020 e julho de 2021) aponta que as tarifas avulsas, de forma geral, apresentaram reajustes elevados, acima da inflação calculada pelo Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) de 8,35%, acumulada no período analisado. Já serviços como saques, depósitos e transferências tiveram aumentos entre 9% (Caixa Econômica Federal) e 25% (Bradesco), mesmo com a crescente tendência de digitalização desses serviços.
O maior reajuste praticado foi de 213%, na compra de moeda estrangeira pelo “Cheque Viagem” (Banco do Brasil), que passou de R$ 80,00 para R$ 250,00 por operação. Já nos pacotes, o diagnóstico se repete: foi observada a elevação de preços em ofertas cujo público alvo são clientes de classe média, com exceção do Itaú, cuja principal elevação (12%) ocorreu em um pacote de poupança.
Fonte: IDEC