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Quais são as previsões quanto aos fundos de crédito privado neste ano?

Quais são as previsões quanto aos fundos de crédito privado neste ano?

02/03/2020 Rodrigo Alcântara

Os meses de novembro e dezembro do ano passado foram delicados para os fundos de renda fixa.

Os fundos de investimentos, mais precisamente os de crédito privado, tiveram rentabilidades muito abaixo do que o esperado pelos investidores.

Os fundos que pagavam recorrentemente acima do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) antes de novembro de 2019, tiveram os seus lucros prejudicados e renderam dentro das casas dos 65% do CDI no final do ano passado.

Isso ocorreu por causa do spread de crédito em relação ao tesouro IPCA e do custo da oportunidade de se investir em produtos financeiros mais arriscados, algo que já foi explicado repetidas vezes por gestores de famosos fundos de investimentos no mercado financeiro.

Para maiores esclarecimentos sobre os fatos, vamos voltar um pouco e explicar brevemente o que ocorreu.

A taxa de juros Selic, que anos atrás estava registrada em aproximadamente 14% ao ano – e que remunerava os títulos do mercado –, teve uma queda acentuada após uma eficiente política monetária aplicada pelos governos pós-Dilma.

Com a taxa Selic na casa dos 5% ao ano a partir de meados de 2019, a rentabilidade dos títulos ficou menor, ao mesmo tempo em que se tornou mais atrativo para as empresas, emitirem títulos de dívida no mercado para se capitalizarem. Com estas circunstâncias, dois movimentos começaram a ocorrer.

O primeiro ocorreu quando as empresas começaram a emitir títulos de dívidas (CRI, CRA e Debêntures), pagando prêmios menores aos tomadores.

Ou seja, no passado as empresas que emitiam títulos à 105% do CDI – o que representava aproximadamente, em termos nominais, 0,7% a mais do que o CDI no ano, em um cenário de Selic a 14% a.a – , agora pagam a mesma porcentagem, porém, com um equivalente a 0,25% a mais do que o percentual anual do certificado, isso em um contexto onde a taxa Selic esteja a 5% a.a.

O segundo movimento foi a procura dos investidores por outros produtos. Estes que começaram a enxergar outras oportunidades no mercado financeiro e acabaram estimulando o aumento do apetite por ativos mais arriscados e que pudessem gerar uma melhor remuneração.

Consequência disso, os investidores começaram a solicitar a saída dos fundos de crédito privado e renda fixa, majorando significativamente as vendas de títulos privados por parte de investidores institucionais e pessoas físicas.

Dessa forma, também houve o aumento dos estoques de títulos de renda fixa no mercado, ou seja, a elevação da oferta de títulos de renda fixa de crédito privado na prateleira.

Dada esta conjuntura, na marcação à mercado – cotação diária dos fundos de investimentos –, as cotas dos fundos ficaram prejudicadas, sofrendo uma oscilação negativa, pois os mesmos tiveram que vender os seus títulos em carteira no mercado secundário a preços menores.

Este que já estava com um excesso de ofertas, fazendo com que os preços dos títulos ficassem ainda mais depreciados. Isso porque o mercado secundário de crédito privado segue a dinâmica de oferta e demanda.

Outro motivo para tal realidade, foi a euforia dos investidores por esse tipo de aplicação. A preocupação com a capacidade de pagamento das empresas que emitiram os títulos, também foi amplamente discutida na mídia.

O tema foi bastante abordado por diversos gestores de fundos, que afirmaram que, a situação de risco de crédito, ou seja, a saúde financeira das empresas era muito boa e a possibilidade de inadimplência era bem menor do que em cenários anteriores.

Já neste ano, depois da forte alta do mercado de ações em dezembro de 2019, e da decepção no mercado de títulos de crédito privado, os investidores também perceberam que a volatilidade do mercado de ações é alta, o que gerou um certo receio por parte de alguns investidores.

Eventos como o ataque dos Estados Unidos ao Irã,  a disseminação do Coronavírus na China, mais um corte na taxa Selic – agora para 4,25% ao ano – e dentre outros fatores, geraram alta volatilidade ao mercado da bolsa em janeiro e no começo de fevereiro, e colocaram todos os investidores em alerta, principalmente, os conservadores, que se aventuraram nesta época.

Assim, o fluxo de movimentações na bolsa de valores e em títulos de renda fixa, voltaram a um patamar de normalidade.

Alguns investidores começam a alocar parte da carteira em renda fixa novamente, adotando uma postura mais conservadora.

Com o fim do ciclo de corte nas taxas de juros da Selic, que já era esperada pelo mercado, e o equilíbrio da oferta e demanda de títulos de renda fixa de crédito privado, espera-se que a rentabilidade dos fundos de crédito privado volte a ser positiva, conforme os patamares anteriores.

* Rodrigo Alcântara é economista e assessor de investimentos na Atrio Investimentos.

Fonte: Naves Coelho Comunicação



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