Turismo local ecológico: o pós-pandemia para o setor
Turismo local ecológico: o pós-pandemia para o setor
Grande Reserva Mata Atlântica pode ser um dos destinos mais procurados após o fim da covid-19.
A pandemia tem adiado muitos planos e interferido em vários setores da economia. Um dos setores mais atingidos pelo isolamento social, decorrente da covid-19, é o de turismo.
O setor é responsável por mais de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, mas com a pandemia, no primeiro trimestre de 2020, já havia perdido mais de 87,5 bilhões de reais. Os dados são da Confederação Nacional de Comércio, Serviços, Bens e Turismo (CNC).
De acordo com o Engenheiro Florestal e coordenador de projetos da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Ricardo Borges, há o lado bom e o lado ruim para a biodiversidade na diminuição do fluxo de pessoas. ‘‘Na Grande Reserva Mata Atlântica, nós observamos recentemente o aparecimento de uma onça parda na região da Estrada da Graciosa (PR), o que é um acontecimento incrível, por ser muito raro em condições normais’’, diz. ‘‘Por outro lado, a crise econômica ocasionada pela pandemia também intensificou as pressões de caça, que já eram comuns na região”, afirma.
A Mata Atlântica é um dos biomas com maior biodiversidade do mundo, nela são encontradas cerca de 20 mil espécies de plantas (35% das espécies de todo o país), quase mil espécies de aves, 300 espécies de mamíferos, entre muitos outros animais.
A Grande Reserva Mata Atlântica, localizada entre os estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, é o maior remanescente contínuo deste bioma em todo o mundo. Seus dois milhões de hectares, além de apresentarem uma variedade de ambientes, também é lar de muitas comunidades indígenas e tradicionais, como caiçaras e quilombolas. Todas essas características fazem desse território um destino ecoturístico completo e muito atrativo.
Fonte: Página 1