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Raio X do endividamento das famílias brasileiras

Raio X do endividamento das famílias brasileiras

06/09/2022 5 Estrelas

Mesmo com a retomada da maioria das atividades, com a nova normalidade, 2022 traz muitos desafios para todos: o aumento da inflação e consequente subida de preços dos produtos e serviços, a elevação das taxas de juros e a instabilidade do mercado de trabalho.

Raio X do endividamento das famílias brasileiras

Com isso e os gastos do primeiro trimestre, vendo o deterioro do seu orçamento, muitos brasileiros buscam formas de complementar sua renda, muitas famílias optam por contratar créditos ou outras procuram fontes de empréstimos para ter os recursos necessários para pagar seu custo de vida.

Hoje em dia, muitos estão administrando dívidas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de março de 2022 77,5% das famílias estão endividadas, o maior patamar dos últimos 12 anos. Dessas famílias 27,8% estão inadimplentes e 10,8% não possuem as condições para poder quitar essas contas atrasadas.

Esses valores só confirmam os prognósticos que foram feitos para este ano: o aumento dos alimentos, dos aluguéis, do combustível, dos medicamentos, dos gastos escolares e dos serviços básicos e o desemprego farão com que os orçamentos domésticos tenham gastos mais limitados.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no ano passado a média do endividamento das famílias brasileiras alcançou 70,9% (4,4 p.p. a mais que em 2020). No entanto, o total de famílias endividadas em dezembro chegava a 76,3%, 1,2 pontos percentuais menos que em março deste ano. Isto significa que mais de 7 famílias a cada 10 possuíam dívidas com o sistema financeiro, hoje já são quase 8 de cada 10.

Desde dezembro de 2020, quando o nível de endividamento era de 66,5%, o percentual não parou de aumentar, em julho do ano passado superou a barreira dos 70% (o endividamento registrado pela CNC foi de 71,4%).

As famílias endividadas fecharam o ano comprometendo, em média, 30,2% da sua renda, um aumento de 0,2% em relação a 2020. O prazo médio desse comprometimento foi de 7 meses, mas na segunda metade de 2021 cresceram consideravelmente o número de dívidas com um prazo maior a 12 meses, chegando a representar em dezembro mais de um terço das dívidas (36,3%).

Tomar um empréstimo pessoal ou fazer compras parceladas não é algo negativo, pois é frequente as famílias façam financiamentos para poder adquirir bens, especialmente se são de alto valor, pois não contam com o capital total para adquirir certos produtos. Além disso, é um dos principais suportes dos pequenos empreendimentos e potencializador do consumo.

Mas, o que pode trazer problemas é a circunstância que envolve a capacidade de pagamento da pessoa. Neste sentido, é preciso olhar para o futuro e ver se terá condições de honrar o pagamento de todas as parcelas do compromisso. Considerando a instabilidade do cenário atual, é fundamental ser mais rigoroso no momento de fazer uma operação deste tipo e ter um bom planejamento das finanças familiares para evitar cair na inadimplência.

Crescimento da inadimplência

Ter o nome limpo facilita para o cliente tanto os processos de compra como também para tomar créditos. Ao contrário, estar negativado é entendido pelo sistema que o cliente não conta com os recursos necessários para honrar suas dívidas no momento, consequentemente a operação é negada, e em casos de ser aprovada o cliente se vê diante de taxas altas e prazos curtos para a quitação.

Atualmente a inadimplência é um fator preocupante no mercado, 27,8% das famílias estão com suas contas em atraso e 10,8% não conseguirão quitá-las este mês para sair desta situação.

Em relação a 2020, o ano passado fechou com uma inadimplência menor, passando de 25,5% para 25,2% em dezembro de 2021. Mas, desde novembro do ano passado o número de famílias nesta condição não para de aumentar (era de 26,1%).

De acordo com os dados do Mapa da Inadimplência da Serasa, até fevereiro o número de inadimplentes tinha superado os 65 milhões, o maior número desde o começo da pandemia, no total as dívidas atrasadas somavam R$ 263 bilhões, isto significa uma média de R$ 4.042,08 por cada inadimplente.

28,60% das dívidas dos inadimplentes são com instituições financeiras e 23,20% são com as despesas básicas, como água, luz e gás. Estas categorias, em relação a janeiro mostraram leves aumentos (menos de 1 ponto percentual).

Raio X das dívidas

Como há muitos anos, a principal forma de dívida das famílias brasileiras é o cartão de crédito. Apesar das altas taxas cobradas (média de 172% ao ano nas compras parceladas e 346% a.a. no crédito rotativo de acordo com os dados do Banco Central) as facilidades de compra que oferece, fez com que 87% das famílias brasileiras citaram este como o principal instrumento de dívida na PEIC do mês passado.

De acordo com a Serasa, no ano passado de cada 10 pessoas que usavam o cartão de crédito, 7 o utilizavam para comprar alimentos (70%). O atraso no pagamento deste tipo de conta foi e continua sendo a principal forma de endividamento dos brasileiros.

Em segundo lugar, mas citado apenas por 18,7% dos entrevistados como fonte de endividamento, estão os carnês de lojas e com 11,2% o financiamento de veículos. Outros tipos de dívidas foram indicados por menos de 10% dos entrevistados: financiamento de imóveis (8,6%) e crédito pessoal (9,4%), por exemplo.

A PEIC faz uma divisão em dois grupos, de acordo com os ingressos, por um lado estão aqueles que ganham menos de 10 salários mínimos, cujo motivo principal de endividamento é a inflação, pois os rendimentos se tornaram insuficientes para manter seu custo de vida.

Por outro lado, o grupo de entrevistados que recebem mais de 10 salários mínimos, cujo motivo de endividamento foi a demanda represada, principalmente pelo consumo de serviços.

Mas, é preciso destacar que este não é o único critério. Por exemplo, o perfil socioeconômico de cada região também mostra diferenças em relação às dívidas. Segundo o Mapa da Inadimplência, o Amazonas é o estado com mais adultos inadimplentes (52,12%), seguido pelo Distrito Federal (47,90%) e Rio de Janeiro (47,58%). Os estados que estão nos últimos lugares da lista são o Rio Grande do Sul (34,94%), Santa Catarina (33,36%) e Piauí (32,75%).

Em relação ao perfil dos adultos endividados, a maioria são mulheres, mas apenas há uma diferença de 0,4 pontos percentuais entre os gêneros: 50,2% de mulheres e 49,8% de homens. 70,2% das pessoas com contas em atraso têm entre 26 e 60 anos, de acordo com os dados do Serasa, 35,3% têm entre 26 e 40 anos e 34,9% entre 41 e 60 anos.

Outro fator que contribui diretamente na inadimplência é o poder de compra que o dinheiro tem hoje em dia. De acordo com as tabelas de rendimento médio das famílias brasileiras divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o rendimento médio mensal teve uma queda de 3,4% em 2020. Também é importante destacar que nesse período houve uma redução da população que tinha rendimentos do trabalho, passou de 44,3% (92,8 milhões) para 40,1% (84,7 milhões) da população. Ainda não há dados em relação ao ano passado.

Tudo isto faz com que a cada dia o orçamento das famílias fique mais apertado. Com os preços aumentando, a perda do poder de compra e as dívidas para quitar que dificultam a tomada de crédito a economia segue travada. Para que os consumidores voltem a comprar e assim a indústria, o varejo e o segmentos dos serviços voltem a reagir, é necessário aliviar a pressão sobre suas contas.



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