A insônia do brasileiro, o stress e a meta de dormir melhor
A insônia do brasileiro, o stress e a meta de dormir melhor
Todo início do ano vem acompanhado por um checklist de metas pessoais a serem cumpridas no decorrer dos meses.
Entre elas, dormir melhor é um desejo frequente, ainda mais quando 20% da população mundial sofre de insônia.
Segundo a Associação Brasileira do Sono, no Brasil, um terço da população tem problemas para dormir, ou seja, somos 73 milhões de pessoas passando noites em claro e perdendo o rendimento das atividades diárias. Somado a esse número alarmante, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), nosso país está em segundo lugar no ranking mundial de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout, que é o excesso de stress relacionado ao trabalho.
Olhando esses números podemos afirmar que dormir melhor se tornou uma necessidade, uma vez que interfere, principalmente, nas funções cognitivas, além das imunológicas e emocionais.
No que tange à cognição, isso significa que uma performance ruim no sono implica em problemas que envolvem raciocínio, tais como maior dificuldade na tomada de decisões e resolução de problemas e menor uso da linguagem e da criatividade.
O fato é que essas consequências acarretam em um dia a dia sem energia, corroborando para que o alcance de metas em todas as esferas da vida, profissional ou pessoal, se torne cada vez mais longínquo.
Agora que entendemos a importância do sono para as funções cognitivas, como podemos estabelecer uma solução para dormir melhor? O primeiro pilar para uma boa experiência de sono é um colchão com uma ergonomia eficaz, cuja firmeza proporcione ao usuário uma quantidade saudável tanto de alívio de pressão como de apoio. É o que fornecerá conforto, mas também o alinhamento da coluna vertebral para não acordar com dores.
Mas podemos ir além. Também é importante considerar a distribuição de calor do corpo. Isso porque, durante a noite, experimentamos diferentes fases do sono: leve, profundo, sonho e REM (do inglês, Rapid Eye Movement), que se refere ao sono com atividade cerebral similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
Durante o sono profundo, o corpo relaxa e a nossa pressão sanguínea diminui. Esta é a fase de regeneração, que é muito importante para a qualidade do sono. A temperatura diminui, e não é devido ao sono profundo que temos o declínio. É justamente o contrário. Ou seja, é necessário que haja a diminuição da temperatura do corpo para entrar em sono profundo. Por isso, o colchão deve aliviar o calor do corpo.
Todos sabem como uma noite de sono ruim pode fazer você se sentir. Agora, multiplique essa noite em uma semana, ou mesmo meses, e é fácil entender como uma má experiência do sono afeta a vida diária das pessoas e sua saúde mental e física. Em 2020, vamos adotar a meta número 1 - dormir melhor - para ter sucesso nas demais?
* Dra. Verena Senn é PHD em neurociência, especialista em sono e Senior Expert Research na Emma Colchões Brasil, startup global voltada à tecnologia do sono.
Fonte: IMAGE Comunicação