O amor que elimina o perigo da baleia azul
O amor que elimina o perigo da baleia azul
Não consigo entender como podem ter dado o nome de “baleia azul” para um “jogo” tão destrutivo.
Lembro-me de que, quando era criança, lançaram um filme sobre um grande tubarão, mas eu nunca quis ver nenhum dos filmes dessa série de terror. Terror nunca me chamou a atenção.
Quando cresci e comecei a aprender mais sobre o reino animal, gostei muito de admirar a beleza de todos os tipos de animais aquáticos, incluindo baleias, que expressam tanta força e graça.
É por isso que não consigo entender como podem ter dado o nome de “baleia azul” para um “jogo” cujo objetivo é tão destrutivo.
Esse não é um “filme de terror”; é pior ainda, porque os adolescentes e jovens estão vivendo o terror e aceitando-o como normal. Esse “jogo” perigoso começou há algum tempo, e este ano chegou à América Latina. Já deixou vítimas em vários países, inclusive no Brasil, visto que dos 50 desafios, o último é praticamente o suicídio. Tudo fica registrado em redes sociais.
Mas há uma boa notícia: Para evitar conteúdo violento e impróprio no Facebook, o fundador Mark Zuckerberg, anunciou no último dia 3 de maio que vai contratar 3.000 pessoas. Também pretende desenvolver uma tecnologia que possa automaticamente detectar tais conteúdos e evitar que sejam baixados ou compartilhados. Espero que outras redes sociais sigam esse bom e necessário exemplo.
Adolescentes e jovens precisam de bons exemplos e muito amor, especialmente em casa. Na minha experiência profissional com adolescentes, jovens e adultos que praticaram algum tipo de autoflagelação, tiveram pensamentos suicidas ou tentaram o suicídio, percebi que sofriam de baixa autoestima, tinham a impressão de que ninguém os amava, ou sofriam de algum distúrbio mental.
Por isso, nós adultos que desfrutamos de uma boa saúde mental, temos o dever moral de estar atentos a essas questões e expressar o mais puro amor e compaixão para com aqueles que estão ao nosso redor. Essa é uma solução!
Mas talvez você se pergunte: “Como posso expressar amor para aqueles que não conheço”? “Como meu amor pode fazer a diferença para aqueles que estão sofrendo tanto”?
Bem, há uma maneira de fazê-lo: orar!
Ao orar podemos abraçar mentalmente todos aqueles que estão angustiados, que não reconhecem o seu valor, que acreditam que o sofrimento ou a morte traga alguma solução.
A oração à que me refiro reconhece que há um poder supremo que pode salvar, proteger e guiar a todos. Esse poder é o próprio Amor divino, o único Criador, a fonte de todo o bem e da saúde.
Saber que todos podemos sentir a presença sanadora do Amor divino, porque é natural, já é uma oração. Somos todos a expressão do Amor e podemos expressá-lo em nossas atividades e orações.
Há uns anos, senti a necessidade de orar para os jovens em geral e saber que todos podem sentir a presença do Amor divino e saber que são amados. Justamente nessa época, recebi uma chamada durante a noite, de uma jovem desesperada. Ela pensou que estava ligando para seu namorado e que eu estava com ele. Demorou um tempo para ela acreditar que tinha ligado para o número errado. Mas, conversamos, e senti muito amor pela jovem. Ele se acalmou e começou a me ouvir. Eu lhe falei sobre a importância de se amar e se valorizar, reconhecendo que ela não dependia de ninguém para ser feliz. Seu namorado e outros só poderiam apreciá-la se ela mesma o fizera. Ela poderia sentir-se amada e valorizada simplesmente porque o Amor Criador a amava e lhe dera a capacidade de amar e amar-se. Conversamos por um bom tempo.
No dia seguinte, ela me deixou uma bela mensagem de gratidão, dizendo que estava planejando suicídio, quando decidiu fazer uma última chamada... e eu atendi! Depois da nossa conversa, ela mudou de ideia. Disse que iria tentar se amar, procurar novas e boas amizades.
Quando você ora com o coração cheio de amor e reconhecendo que a oração atinge outro coração receptivo, muitos se beneficiam, mesmo aqueles que não conhecemos.
Todos nós podemos investir alguns minutos por dia para orar por jovens que precisam de amor, e esperar que essa oração toque seus corações para que se sintam amados e, assim, mudem de perspectiva e procurem o que lhes faça bem.
* Leide Lessa é professora e conferencista da Ciência Cristã. Email: [email protected] Twitter @LeideLessa