Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O marketing de comunidades é a parte humana que a IA não consegue substituir

O marketing de comunidades é a parte humana que a IA não consegue substituir

26/10/2023 Emiliano Agazzoni

Já nos aproximamos da metade da terceira década do século XXI, e a essa altura não é mais possível ignorar o avanço vertiginoso da inteligência artificial (IA).

O marketing de comunidades é a parte humana que a IA não consegue substituir

A cada dia mais pessoas se deparam com essa ferramenta — mesmo nas atividades mais simples do cotidiano, o que transforma a IA em uma tecnologia relevante para quem trabalha com marketing e quer tornar suas marcas conhecidas e admiradas pelos consumidores. Mas será que ela, sozinha, dá conta da abrangência dessa tarefa? Ou ainda precisamos de conexões humanas para realmente aproximar os clientes das empresas?

Dada a evolução da tecnologia, pode até parecer que a IA vai predominar. Mas, pelo menos no marketing, não vai ser possível abrir mão daquilo que é central no processo de promoção das marcas: a atenção às pessoas que vão consumir seus produtos e/ou serviços. Por mais que a IA conquiste espaço — e isso está acontecendo a passos largos —, a necessidade humana fundamental de pertencimento e conexão não vai desaparecer. Daí a relevância, para o marketing, de estratégias “de carne e osso”, como a gestão de comunidades (community manager).

Nesse sentido, desenvolver estratégias de marketing de comunidades é crucial para que uma marca estabeleça um diferencial competitivo que não se baseie apenas em seu produto, mas sim na comunidade que o rodeia. Essas estratégias envolvem testes com lançamentos, feedbacks para melhorias, colaborações em fóruns online e incentivo para os membros da comunidade em torno de uma marca criarem conteúdos que a promovam — lembrando que os membros de uma comunidade muitas vezes fazem publicidade gratuita dos seus produtos preferidos. Essas conexões genuínas entre a marca e seus clientes não podem ser replicadas — nem por outra marca, nem pela IA.

A IA está sendo cada vez mais utilizada no marketing para personalizar campanhas, otimizar anúncios, gerar insights e criar planos de marketing direcionados, além de ajudar muito na análise de dados de clientes. São pontos importantes, mas que não podem gerar dependência excessiva da automação, sob pena de a marca se afastar da desejável humanização nas interações com clientes. É grande o risco, por exemplo, de perda de autenticidade nessas relações.

Outro problema é o fato de muitas empresas, quando pensam em aplicar a IA ao marketing, incorrerem no erro de usar apenas instrumentos bem genéricos — o caso mais emblemático é o do ChatGPT — em vez de desenvolverem ferramentas mais adaptadas ao perfil de seus próprios clientes. Ocorre que demanda muito tempo e investimento financeiro da empresa desenvolver algoritmos proprietários para atender as necessidades específicas de seus clientes. Apostar na estratégia do engajamento de comunidades tende a ser mais barato, eficiente e duradouro.

Quando se fala em proximidade humana, aliás, não se trata de algo distante das tecnologias digitais — muito ao contrário. Já faz pelo menos 20 anos que as pessoas integram comunidades online em torno de marcas, ambientes que favorecem a conexão da empresa com quem está longe e dos consumidores entre eles. E têm tido muitos benefícios as empresas que conseguiram criar ambientes virtuais seguros de interação usando redes sociais e comunidades proprietárias (whitelabel, em ambientes de marcas).

Assim, por mais paradoxal que possa parecer, o futuro do marketing está na conexão legitimamente humana, e não na tecnologia de inteligência artificial — que vai ter sim seu papel, mas secundário. Empresas que negligenciam a gestão de comunidades podem perder a oportunidade de construir relações sólidas e autênticas com seus clientes. Será muito mais valioso para as marcas investir nesse relacionamento próximo, autêntico e acolhedor do que se valer exclusivamente das frias ferramentas de IA. Essa segunda opção, no fim das contas, pode até prejudicar a reputação da marca, identificada por interações impessoais e ausência de empatia.

* Emiliano Agazzoni é CEO da CM School.

Para mais informações sobre estratégias de marketing clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Agência Blue Chip



Após 1500, como os portugueses conquistaram o Brasil?

De início, os portugueses passavam aqui para buscar produtos como o pau-brasil, a caminho da Índia, onde estavam as especiarias.

Autor: Víktor Waewell

Após 1500, como os portugueses conquistaram o Brasil?

Saber escutar nos aproxima das pessoas

Desde que desenvolvemos a linguagem, passamos a valorizar os grandes oradores.

Autor: Roberta Perdomo

Saber escutar nos aproxima das pessoas

5 coisas que (provavelmente) nunca te contaram sobre o Imposto de Renda

A declaração de Imposto de Renda é uma certeza na vida de milhões de brasileiros, mas há detalhes nesse processo que podem passar despercebidos até mesmo pelos mais atentos.

Autor: Divulgação

5 coisas que (provavelmente) nunca te contaram sobre o Imposto de Renda

Lições para ter um matrimônio saudável e duradouro

No livro "Famílias Indestrutíveis", o pastor e especialista em aconselhamento familiar, Rafael Nery, explica como ter um lar estruturado à luz da Bíblia.

Autor: Divulgação


Como a integração entre indústria e universidade pode trazer benefícios

A parceria entre instituições de ensino e a indústria na área de pesquisa científica é uma prática consolidada no mercado que já rendeu diversas inovações em áreas como TI e farmacêutica.

Autor: Thiago Turcato


O setor de máquinas e equipamentos e a necessidade de investimentos

Na última semana do mês de fevereiro, O IBGE divulgou os dados de desempenho da economia brasileira do 4º trimestre de 2023.

Autor: Gino Paulucci Jr.

O setor de máquinas e equipamentos e a necessidade de investimentos

Como lidar com a “Geração Z” no mercado de trabalho

“Ninguém é produtivo o tempo inteiro, ninguém é feliz o tempo inteiro, mas é possível ser mais feliz e produtivo. E isso sem acabar com a saúde mental.”

Autor: Divulgação


A arte de não fazer nada: o ócio e o estímulo à criatividade

Você já se sentiu culpado por não fazer nada?

Autor: Thaísa Passos


Governo do Japão e Instituto Ramacrisna celebram parceria

As aulas devem começar ainda em 2024, após a finalização das obras de construção do novo prédio.

Autor: Divulgação

Governo do Japão e Instituto Ramacrisna celebram parceria

Paciente faz 100 anos e pede namorada em casamento

Casal ficou noivo após convivência de quase duas décadas na unidade da Fundação Hospitalar de Minas Gerais.

Autor: Divulgação


Protegendo crianças e idosos no ambiente online

Preservar crianças e idosos em um mundo que se torna mais tecnológico a cada dia que passa é dever de todos.

Autor: Ricardo Rios

Protegendo crianças e idosos no ambiente online

Nomofobia e os impactos do uso de smartphones no ambiente de trabalho

“Você é um nomofóbico?”. Essa foi a pergunta de partida de minha fala no Congresso da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, em outubro de 2023, na cidade de São Paulo.

Autor: Eduardo Pragmácio Filho

Nomofobia e os impactos do uso de smartphones no ambiente de trabalho