Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

14/05/2024 Elzio Mistrelo

A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, em julho de 2020, trouxe novas e importantes perspectivas para o avanço da infraestrutura do setor.

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

É indiscutível a importância dos investimentos em saneamento, que são capazes de reduzir doenças, principalmente aquelas de veiculação hídrica como diarreia, gastroenterite, cólera, hepatite A, verminoses, arboviroses, entre muitas outras. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas pela falta de sistema de tratamento de esgoto de qualidade.

Um recente estudo do Instituto Trata Brasil mostra que o País contabilizou 191 mil internações por doenças de veiculação hídrica em 2023, superando os 143 mil registrados em 2022. Ainda hoje, 32 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e mais de 90 milhões moram em casas sem coleta de esgoto. Esse panorama é ainda mais desalentador ao saber que 41,7% das crianças brasileiras, de 0 a 5 anos de idade, vivem em moradias desabastecidas de infraestrutura de saneamento, segundo estudo do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância. Além do comprometimento com a saúde, essa é uma população que pode ter impactos para a vida toda. Os idosos também são impactados com as condições de infraestrutura. Em 2022, 79,2% dos óbitos atribuídos a fontes de água inseguras, saneamento inseguro e falta de higiene ocorreram entre idosos de 60 anos ou mais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As soluções existem e passam pelo aumento de recursos para o setor. Segundo dados da OMS, para cada dólar investido em saneamento, pode-se contabilizar uma economia de 4 dólares em tratamento de saúde. Alguns especialistas acreditam que esse valor pode ser, inclusive, ainda maior, dependendo da localidade onde esses recursos são aplicados.

Infelizmente, uma parcela significativa dos municípios ainda não consegue fazer os investimentos necessários para a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. O Instituto Trata Brasil preparou um estudo com investimentos totais das cidades por habitantes e constatou que a média equivale a R$ 138,68 por habitante em 2022. Segundo o levantamento, 42 localidades investem menos de R$ 100 por habitante, valor equivalente a menos da metade do patamar de R$ 231,09 considerados necessários e apontados pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). A pesquisa mostrou ainda que 17 municípios aplicam mais de R$ 200 por habitante. Dentro desse grupo, dez destinam valores acima do padrão de excelência.

A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, em julho de 2020, trouxe novas e importantes perspectivas para o avanço da infraestrutura do setor. A nova legislação ampliou o interesse dos investidores e o número de concessões vem aumentando nos últimos anos. Porém, o ritmo está aquém do necessário para o atendimento das metas estabelecidas para 2033.

Por isso, é importante o esforço de cada município na busca da universalização dos seus serviços.  O Boletim do Saneamento é um importante instrumento para ajudar os gestores públicos e privados no atendimento das demandas do setor. Trilhando esse caminho, buscando soluções para os problemas locais, conseguiremos avançar com maior agilidade no atendimento dos objetivos do Marco Legal do Saneamento e oferecer condições de vida digna, principalmente para a população mais pobre do País.

* Elzio Mistrelo é engenheiro, Diretor Administrativo e Financeiro da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e coordenador do Boletim do Saneamento.

Para mais informações sobre saneamento básico clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Todos os nossos textos são publicados também no X

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada



Economia verde é o futuro para empresas alinhadas a produção sustentável

Conceito representa um setor da economia focado na resolução de problemas ambientais, e já é aplicado por empresas brasileiras.

Autor: Divulgação

Economia verde é o futuro para empresas alinhadas a produção sustentável

Brasil precisa produzir 5,4 bilhões de mudas nativas até 2030

Por que as dificuldades enfrentadas pelo setor de viveiros ameaça o compromisso firmado pelo Brasil no Acordo de Paris.

Autor: Divulgação

Brasil precisa produzir 5,4 bilhões de mudas nativas até 2030

Cemig adota etanol e deixa de emitir mais de 100 toneladas de CO2

Veículos da companhia passam a ser abastecidos apenas com o biocombustível de origem vegetal que libera menor quantidade de gases poluentes.

Autor: Divulgação

Cemig adota etanol e deixa de emitir mais de 100 toneladas de CO2

Nossa economia deve olhar para o futuro

Explorar petróleo perfurando alguns poços a centenas de quilômetros da costa representa um risco ambiental pequeno.

Autor: Marco Moraes

Nossa economia deve olhar para o futuro

O etanol como pilar de sustentabilidade energética no Brasil

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é um exemplo notável de combustível com baixa emissão de carbono.

Autor: J. A. Puppio

O etanol como pilar de sustentabilidade energética no Brasil

A geopolítica do clima e as consequências de ignorar

Nos últimos anos, estamos percebendo de forma bastante clara como as questões climáticas vêm influenciando o xadrez geopolítico global.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray

A geopolítica do clima e as consequências de ignorar

Não, as praias não serão privatizadas – entenda a PEC 3/2022 e por que defendê-la

É necessário que o bem do Brasil esteja acima de qualquer preciosismo político.

Autor: Lucas Sampaio


Cemig recicla quase 100% dos resíduos sólidos gerados pela companhia

Desde 2020, a empresa evitou o descarte de 200 mil toneladas de materiais no meio ambiente.

Autor: Divulgação

Cemig recicla quase 100% dos resíduos sólidos gerados pela companhia

Minas garante a preservação de espécies raras de fauna e flora

As unidades de conservação (UCs) em Minas Gerais, geridas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), são verdadeiros oásis para a conservação da natureza.

Autor: Divulgação

Minas garante a preservação de espécies raras de fauna e flora

Traças de roupas e livros: curiosidades e prejuízos causados pelos insetos

Encontradas em lares, roupas e livros, as traças tem hábitos alimentares e de sobrevivência distintos, de acordo com Biólogo do CEUB.

Autor: Divulgação

Traças de roupas e livros: curiosidades e prejuízos causados pelos insetos

Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação da vegetação nativa

A nova realidade criada pela tragédia exige igualmente novas respostas da gestão pública, incluindo um olhar prioritário para a questão ambiental.

Autor: Divulgação

Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação da vegetação nativa

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

Arqueólogos encontraram os primeiros ossos em 1974, na área do Monumento Estadual Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo

Autor: Divulgação

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos