Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

09/05/2024 Divulgação

Arqueólogos encontraram os primeiros ossos em 1974, na área do Monumento Estadual Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

Foto: Foto Robson Duarte -  Sisema

 

Os primeiros ossos de Luzia foram achados, durante as escavações lideradas pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire.

Desde a descoberta, o espaço permanece intocado e é parte da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural Estadual Lapa Vermelha, composta por vários sítios arqueológicos em uma área de 33,7 hectares.

“A principal proteção é a restrição de visitas a pesquisadores e estudiosos, além do cercamento para evitar a presença de animais de grande porte por aqui”, comenta o gerente da unidade, José Roberto da Costa.

Localizada em uma propriedade particular, parceira do IEF, a unidade autoriza as visitas técnicas, somente com acompanhamento do instituto, para a segurança do sítio arqueológico.

O local possui ambientes intactos, pinturas e gravuras espalhadas em suportes rochosos, como testemunhos da memória pré-colonial.

 Descoberta

Atraída pelos achados de Peter Lund em Lagoa Santa, no século 19, e também pelas pinturas rupestres da região, a francesa Annette Laming-Emperaire liderou, na década de 1970, a missão Franco-Brasileira, com aproximadamente 25 arqueólogos, para escavar Lapa Vermelha.

O arqueólogo francês e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), André Pierre Prous, participou desse trabalho.

“A região foi escolhida pela perspectiva de se encontrar ali as coisas intactas e preservadas, graças ao tipo de solo e a pouca ocupação do lugar”, conta Prous.

Ele relata que o trabalho foi autorizado com a condição de se tornar uma escola de escavação para arqueólogos no Brasil, já que não havia tantos profissionais no país naquela época. Participaram pessoas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, entre outros.

Em 1973, a equipe localizou as primeiras pinturas rupestres, que chamaram a atenção da arqueóloga francesa.

“Em 1974, encontramos os primeiros ossos da Luzia como braços, bacia, pernas. Eles estavam espalhados pelo sítio arqueológico”, relembra Prous.

O crânio foi achado em 1975, em uma cavidade mais profunda. Estima-se que Luzia viveu na região há cerca de 11 mil anos.

A mulher Luzia

Luzia foi identificada como uma mulher jovem de 20 anos, encontrada sem outros vestígios humanos e próxima a uma cavidade, sem uma explicação clara para sua morte. 

“Ela pode ter fugido de alguma coisa, pode ter se escondido de algo. Não tem marcas nos ossos que indiquem que ela fugiu de uma fera. Mas o motivo é irrelevante em termos de reconstituição do povoamento das Américas”, diz André Prous.

Por outro lado, uma das hipóteses para a vida dessa mulher, segundo Leandro Vieira, é a de que “ela pertencia a grupos nômades, chamados de caçador-coletor, um tipo de sociedade que vivia exclusivamente da caça, coleta e pesca, sendo muito dependentes da natureza”.

De acordo com Prous, uma das maiores contribuições da Luzia “foi ter ajudado a aumentar o interesse pela pré-história brasileira, por ter cunhado uma figura icônica, facilmente lembrada por todos”.

Crânio

O crânio de Luzia ficou guardado por 20 anos no Museu Nacional do Rio de Janeiro, instituição parceira da missão Franco-Brasileira.

Em 1995, os cientistas começaram a estudar a morfologia do esqueleto e, em 1998, pesquisas do bioantropólogo Walter Neves revelaram que as características do crânio lembravam as dos atuais africanos e aborígenes da Austrália.

Walter Neves foi quem batizou Luzia, em homenagem a Lucy, esqueleto de 3,5 milhões de anos achado na Etiópia, em 1974.

Em 1999, o antropólogo forense britânico Richard Neave fez a reconstrução artística do rosto de Luzia, com traços negroides.

A peça estava no Museu Nacional quando a instituição pegou fogo, em 2018. No entanto, 80% dos fragmentos foram reencontrados pelas equipes de resgate. Atualmente, há uma réplica de Luzia no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte.

Apesar de a imagem de Luzia, com traços negróides, ser popularmente conhecida, novos estudos, com base em técnicas de arqueogenética, abrem a discussão para outras teorias sobre a origem de Luzia.

Para mais informações sobre museu clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Todos os nossos textos são publicados também no X

Fonte: SECOM



Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação de vegetação nativa

A nova realidade criada pela tragédia exige igualmente novas respostas da gestão pública, incluindo um olhar prioritário para a questão ambiental.

Autor: Divulgação

Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação de vegetação nativa

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, em julho de 2020, trouxe novas e importantes perspectivas para o avanço da infraestrutura do setor.

Autor: Elzio Mistrelo

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

Governo de Minas e Ibama reabilitam onça parda atropelada e a devolvem à natureza

Animal havia sido atingido em rodovia, próximo a Campos Altos, e foi submetido a cirurgia; espécie é a segunda maior espécie de felino das Américas e está ameaçada de extinção.

Autor: Divulgação

Governo de Minas e Ibama reabilitam onça parda atropelada e a devolvem à natureza

Qual produto é mais recomendado para manutenção de fossa séptica?

A manutenção ideal de uma fossa séptica é crucial para manter um sistema de saneamento confiável e saudável.

Autor: Divulgação


A revolução das soluções baseadas na natureza

De acordo com um estudo liderado pela UFRJ, 48 mil pessoas morreram por ondas de calor entre 2000 e 2018 no Brasil.

Autor: Danilo Roberti Alves de Almeida

A revolução das soluções baseadas na natureza

Municípios têm oportunidades com o saneamento

O saneamento básico galgou um novo patamar no interesse de investidores e especialistas.

Autor: Maurício Vizeu de Castro

Municípios têm oportunidades com o saneamento

As bactérias do bem que salvam as águas

Pode soar surpreendente, mas são os microrganismos os agentes mais capacitados para tratar da água de forma natural.

Autor: Monique Zorzim

As bactérias do bem que salvam as águas

Cuidar da água para não faltar

“O Brasil, que se ergueu à beira do mar e em volta dos rios, também escreveu histórias de sede, de muita sede”, já apontava Graciliano Ramos, em 1938, na sua obra “Vidas Secas”.

Autor: Luiz Pladevall

Cuidar da água para não faltar

Dia das Florestas: vale a pena derrubar árvores?

Era de amor a relação dos indígenas com a mata, principalmente antes da invasão portuguesa.

Autor: Víktor Waewell

Dia das Florestas: vale a pena derrubar árvores?

Shopping distribui adubo oriundo da compostagem dos resíduos orgânicos

O adubo é utilizado no paisagismo do próprio shopping, doado para os colaboradores e agora está indo para a casa dos frequentadores.

Autor: Divulgação

Shopping distribui adubo oriundo da compostagem dos resíduos orgânicos

Cada passo importa para um futuro sustentável

O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente da história, de acordo com o observatório Copernicus Climate Change Service, da União Europeia.

Autor: Artur Grynbaum

Cada passo importa para um futuro sustentável

Como a análise do ciclo de vida reduz os impactos ambientais

A escolha de produtos sustentáveis ou produzidos de forma responsável, focando na redução de impactos ou geração de benefícios socioambientais, é cada vez mais importante para os consumidores. 

Autor: Mayara Zunckeller

Como a análise do ciclo de vida reduz os impactos ambientais