Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Máscaras e luvas, da proteção contra a COVID-19 ao novo impacto ambiental

Máscaras e luvas, da proteção contra a COVID-19 ao novo impacto ambiental

20/07/2020 Augusto Lima da Silveira

Desde que a pandemia do novo coronavírus mudou a nossa forma de viver em sociedade, podemos observar comportamentos que há pouco seriam impensáveis.

Máscaras e luvas, da proteção contra a COVID-19 ao novo impacto ambiental

As medidas de proteção para minimizar o contágio pela COVID-19 já fazem parte da rotina de uma parcela significativa da população. Produtos como o álcool 70%, máscaras e luvas de proteção integram a lista de compras em lares do mundo todo. O aumento no consumo destes materiais refletiu na quantidade e no tipo de resíduos que estamos produzindo para adotar tais medidas de segurança.

A falta da Educação Ambiental e de campanhas para a sensibilização da sociedade em relação aos resíduos sólidos, cobra mais uma vez o seu preço. É neste cenário de pandemia que precisamos novamente discutir questões básicas como o descarte correto de materiais, pois as mesmas máscaras e luvas que minimizam os riscos de contágio da doença agora são também descartadas nas ruas pela população.

Plásticos como o propileno e elastômeros como o látex fazem parte da composição desses materiais de proteção. Quando descartados, geram impactos ambientais típicos dos plásticos, apresentando inclusive o mesmo tempo de decomposição que varia entre 300 a 400 anos. Esse hábito agrava ainda mais a questão da contaminação do meio ambiente, além de apresentar sérios riscos à saúde pública. Quando os materiais de proteção chegam em locais inadequados, como as ruas das cidades, podem causar vários problemas, dos quais destacaremos três.

O primeiro deles, mais imediato, é a criação de novos focos de transmissão da doença, considerando o alto poder de disseminação do novo coronavírus e a contaminação dos materiais de proteção. O segundo problema está relacionado à chegada de luvas e máscaras em recursos hídricos, o que pode afetar a qualidade da água, impactar nos sistemas de tratamento e, além disso podem ser confundidos com alimentos e ingeridos pelos organismos aquáticos. O terceiro problema do descarte incorreto está na questão dos microplásticos. Quando materiais como o propileno chegam ao ambiente iniciam o processo de fragmentação, a primeira etapa da decomposição. Nesse processo as condições ambientais resultam na quebra do plástico em micropartículas que podem se acumular em organismos aquáticos. A preocupação neste caso, reside no fato de que nós seres humanos consumimos organismos aquáticos e há indícios científicos de que potencialmente estamos mais susceptíveis ao desenvolvimento da obesidade, infertilidade e até câncer ao ingerir os microplásticos na alimentação.

Considerando esse cenário preocupante, precisamos mais uma vez falar a respeito da nossa responsabilidade ao descartar esses materiais. As consequências pela atual falta de cuidado podem futuramente comprometer a nossa saúde e a qualidade de vida. As melhores formas de minimizar esses impactos ambientais, para aqueles que não trabalham em serviços de saúde são a preferência pelas máscaras de tecido, que podem ser reaproveitadas, e optar pela higienização das mãos ao uso de luvas, pois são mais adequadas àqueles que necessitam lidar diretamente com os acometidos pela COVID-19.

* Augusto Lima da Silveira é coordenador do Curso Superior Tecnologia em Saneamento Ambiental na modalidade a distância do Centro Universitário Internacional Uninter e Doutorando em Ecologia e Conservação.

Fonte: Página 1 Comunicação



Municípios têm oportunidades com o saneamento

O saneamento básico galgou um novo patamar no interesse de investidores e especialistas.

Autor: Maurício Vizeu de Castro

Municípios têm oportunidades com o saneamento

As bactérias do bem que salvam as águas

Pode soar surpreendente, mas são os microrganismos os agentes mais capacitados para tratar da água de forma natural.

Autor: Monique Zorzim

As bactérias do bem que salvam as águas

Cuidar da água para não faltar

“O Brasil, que se ergueu à beira do mar e em volta dos rios, também escreveu histórias de sede, de muita sede”, já apontava Graciliano Ramos, em 1938, na sua obra “Vidas Secas”.

Autor: Luiz Pladevall

Cuidar da água para não faltar

Dia das Florestas: vale a pena derrubar árvores?

Era de amor a relação dos indígenas com a mata, principalmente antes da invasão portuguesa.

Autor: Víktor Waewell

Dia das Florestas: vale a pena derrubar árvores?

Shopping distribui adubo oriundo da compostagem dos resíduos orgânicos

O adubo é utilizado no paisagismo do próprio shopping, doado para os colaboradores e agora está indo para a casa dos frequentadores.

Autor: Divulgação

Shopping distribui adubo oriundo da compostagem dos resíduos orgânicos

Cada passo importa para um futuro sustentável

O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente da história, de acordo com o observatório Copernicus Climate Change Service, da União Europeia.

Autor: Artur Grynbaum

Cada passo importa para um futuro sustentável

Como a análise do ciclo de vida reduz os impactos ambientais

A escolha de produtos sustentáveis ou produzidos de forma responsável, focando na redução de impactos ou geração de benefícios socioambientais, é cada vez mais importante para os consumidores. 

Autor: Mayara Zunckeller

Como a análise do ciclo de vida reduz os impactos ambientais

O mercado de carbono e suas perspectivas em 2024

Não dá pra falar sobre a importância das Soluções Baseadas na Natureza, como os projetos de carbono, sem avaliar as consequências das mudanças que o planeta vem sofrendo.

Autor: Diego Serrano

O mercado de carbono e suas perspectivas em 2024

Quem cuida de quem cuida da gente? Uma reflexão sobre o meio ambiente

A educação ambiental vai muito além de apenas instruir a sociedade sobre práticas sustentáveis simples.

Autor: Francisco Carlo Oliver

Quem cuida de quem cuida da gente? Uma reflexão sobre o meio ambiente

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

Investir nas pessoas no tempo presente é um princípio básico e pode ser uma das maneiras mais efetivas de garantir um futuro mais sustentável.

Autor: Antoninho Caron

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

Reciclagem poderá pagar 27,5% em suas operações de venda à indústria

Apesar da importância para o meio ambiente e economia circular, o texto do novo regime fiscal deixou de fora tratamento diferenciado de tributação ao setor.

Autor: Divulgação

Reciclagem poderá pagar 27,5% em suas operações de venda à indústria

A importância da transparência na comunicação da sustentabilidade

É essencial que todas as informações e alegações sobre benefícios ambientais sejam apoiadas por evidências científicas confiáveis.

Autor: Daniela Santucci

A importância da transparência na comunicação da sustentabilidade