Rio das Velhas registra melhora na qualidade da água
Rio das Velhas registra melhora na qualidade da água
A volta da pesca no Rio das Velhas: em meio à pandemia, condições da água estão melhores em Sete Lagoas e região.
A pandemia da Covid-19 provocou a redução de diversas atividades industriais em diferentes cidades. O isolamento social e a restrição de funcionamento de uma série de segmentos, a fim de se evitar a propagação da doença, aparentemente estão provocando um efeito positivo na qualidade das águas do Rio das Velhas.
Um indicador desta melhora é o retorno da pesca em municípios como Jequitibá e Sete Lagoas, em trechos normalmente muitos contaminados por receberem toda a carga de poluentes de Belo Horizonte.
A secretária-adjunta do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), Poliana Valgas, que também é secretária de Meio Ambiente e Saneamento de Jequitibá, confirma que visualmente as águas do Rio das Velhas estão melhores e que, por conta disso, a pesca está sendo uma constante na cidade.
“Segundo relatos de vários pescadores, as águas do rio estão mais limpas, menos poluídas. Durante visita ao local [no dia 06 de maio] percebemos nitidamente que a turbidez está menor, assim como a carga de poluentes. A preocupação fica pela aglomeração de pescadores às margens do rio, o risco da infecção por Covid-19 está aí e devemos estar atentos aos cuidados relativos à prevenção”.
A melhoria das condições da água também é notada em Sete Lagoas. No local onde a água é captada e enviada para a Estação de Tratamento de Água (ETA) – Sistema Rio das Velhas, a percepção é de um rio mais limpo. De acordo com Fernando Nogueira, gerente da unidade que pertence ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), a água tem apresentado mais facilidade de tratamento devido a menor carga de poluição do rio.
“Visivelmente tem-se notado o rio mais limpo. Antes era percebido muito lixo no local da captação. A última paralisação da ETA foi no dia 3 de abril, devido a uma grande descarga de esgoto que foi despejada no rio, impossibilitando o tratamento”, conta Fernando. Hoje, 32 bairros de Sete Lagoas são abastecidos pela ETA, o que representa cerca de 40% da população do município – um universo de aproximadamente 60 mil pessoas.
Foto: Celso-Martinelli
Fonte: CBH Rio das Velhas