Tartarugas marinhas serão monitoradas via satélite no litoral capixaba
Tartarugas marinhas serão monitoradas via satélite no litoral capixaba
Sob ameaça de extinção, a tartaruga cabeçuda é a espécie com a maior quantidade de desovas no litoral do Espírito Santo.
O monitoramento de tartarugas marinhas, realizado desde 2017 pela Fundação Renova em parceria com a Fundação Pró-Tamar, em cerca de 160km da costa do Espírito Santo, agora conta com transmissores via satélite. Os equipamentos estão sendo colocados, inicialmente, em 10 fêmeas da espécie cabeçuda (Caretta caretta), em Regência, município de Linhares (ES). Com os transmissores, ocorrerá mapeamento de rotas migratórias, identificação de áreas de alimentação e avaliação de possíveis mudanças de comportamento reprodutivo. A iniciativa integra as ações de acompanhamento da biodiversidade aquática em áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão.
“As tartarugas fazem desova a cada dois anos no litoral. Mas não sabemos onde elas vivem quando não estão no período de desova. Com os transmissores, vamos entender melhor o uso que elas fazem das áreas de desova, facilitando a gestão de ameaças, e conhecer as áreas de alimentação, que é onde elas passam a maior parte de suas vidas. Com isso, vamos trazer uma luz que ainda não temos sobre esses animais”, explica o coordenador e pesquisador do Projeto Tamar, Alex Santos.
Sob ameaça de extinção, a tartaruga cabeçuda é a espécie com a maior quantidade de desovas no litoral do Espírito Santo (cerca de 90% das desovas no estado são dessa espécie). A desova, que ocorre entre setembro a março, é considerada um dos mais importantes parâmetros para avaliar as condições da biodiversidade na região.
Fonte: Fundação Renova