Confiança dos pequenos negócios de Minas Gerais sofre nova queda em abril
Confiança dos pequenos negócios de Minas Gerais sofre nova queda em abril
Pesquisa ISCON, do Sebrae Minas, mostra maior desânimo dos empresários com a situação dos seus negócios.
Os donos de pequenos negócios de Minas Gerais seguem pouco confiantes em relação às suas atividades no curto e médio prazo, como mostra a pesquisa ISCON (Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios) de abril, realizada pelo Sebrae Minas. Foi o segundo mês sucessivo de queda no ISCON e o pior resultado do indicador no ano: 89. Em março, o índice já tinha sofrido uma piora expressiva, chegando a 92, ou seja, 17 pontos abaixo que o de fevereiro.
“Temos aí uma clara tendência de diminuição da atividade econômica, que já havia sido sinalizada na pesquisa de março. O desânimo dos empresários, demonstrado pelo ISCON de abril, provavelmente ainda é um reflexo das medidas restritivas de circulação de pessoas, que foram intensificadas em março para conter o avanço da pandemia”, avalia Paola La Guardia, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.
O ISCON é composto por dois subíndices: o Índice de Situação Recente (ISR) e o Índice de Situação Esperada (ISE). Um ISCON maior que 100 indica tendência de expansão da atividade, igual a 100, tendência de estabilidade e, menor que 100, de retração.
O ISR de abril ficou em 49 pontos, 11 pontos abaixo em relação a março. Já o ISE se manteve em 109, indicando melhores expectativas em relação à economia nos próximos três meses. “Apesar da diminuição considerável no ISR, o peso do ISE no ISCON é duas vezes maior e, por isso, o índice de abril não sofreu tanta alteração”, explica a analista.
Segundo ela, na percepção dos empresários houve, nos últimos três meses (fevereiro a abril), uma queda mais acentuada no nível de atividade dos seus negócios, além de uma piora da situação econômica em geral e para o seu ramo de atuação. “Porém, eles mantêm a mesma expectativa, já apontada em março, de uma leve melhora nos próximos três meses”, afirma Paola La Guardia.
Fonte: Sebrae Minas