Com 5 mil km de malha ferroviária, Minas Gerais quer shortlines
Com 5 mil km de malha ferroviária, Minas Gerais quer shortlines
Plano Estratégico Ferroviário busca reativação dos trechos sem operação no estado.
Com uma malha de aproximadamente 5 mil km, atravessando cerca de 180 municípios, Minas Gerais responde por cerca de 16,3% de toda a extensão ferroviária do país. Do total da malha, pelo menos 1.500 km estão desativados, abandonados ou erradicados. Esse é o cálculo que baseia o Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais (PEF-MG), elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra-MG) em parceria com a ANTF e a Fundação Dom Cabral. Entre os objetivos do plano está a reativação dos trechos sem operação no estado.
O primeiro passo foi dado com o decreto estadual nº 48.202, sancionado pelo governador do Minas Gerais, Romeu Zema, no último dia 8 de junho, que regulamenta o regime de autorização para a construção e exploração de ferrovias. O trecho Lavras-Varginha, de 130 km, deverá ser o primeiro a integrar esse novo portfólio, segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas, Fernando Marcato. Concedido à VLI, o ramal deve entrar na lista dos que serão devolvidos pela FCA no âmbito da renovação do contrato, afirma.
A Seinfra pleiteia a recuperação deste trecho pela VLI, o que demandaria cerca de R$ 140 milhões, em troca do pagamento da indenização pela concessionária ao governo federal.
Segundo o secretário, as negociações estão avançadas com a FCA e com a própria ANTT, que precisa aprovar a ideia. Para a operação do trecho já existe uma empresa interessada formalmente, diz Marcato. Trata-se do Porto Seco Sul de Minas, operadora logística baseada em Varginha.
“O Porto Seco Sul de Minas já manifestou requerimento de outorga perante a Seinfra e a proposta é compatibilizar a operação de cargas e de passageiros (regional e turístico) no trecho”, ressalta Marcato, acrescentando que a demanda de carga na região é café, majoritariamente.
Fonte: Revista Ferroviária