Deus pode consertar o que aconteceu em San Bernardino?
Deus pode consertar o que aconteceu em San Bernardino?
A capa da New York Daily News, de quinta-feira após o massacre em San Bernardino, EUA, é provocativa.
“Deus não está consertando isso”, diz a manchete, em referência a San Bernardino e à relutância dos políticos em reagir de outra maneira além de orações pelas vítimas. A manchete continua: “À medida que as vítimas inocentes são deixadas em poças de sangue, covardes que poderiam realmente acabar com esse flagelo armado continuam a se esconder atrás de banalidades sem sentido”.
Sem dúvida, uma acusação dura, não só contra políticos, mas também contra a oração. Mesmo assim, isso me fez perguntar se existe algo que eu, em minhas orações, possa fazer para ajudar a acabar com a epidemia de violência armada.
Não sou político e não posso propor nenhuma lei nova, mas tenho a capacidade de me perguntar se posso fazer melhor algo que já faço há décadas: orar.
A oração na Bíblia exige rendição total e incondicional à vontade de Deus.
Essa rendição também sugere desistir de ideias que tenhamos sobre o modo como esse Princípio divino funciona. Em vez de concluir que Deus é responsável por alguma tragédia na minha vida, acho útil considerar se é algo de que Ele sequer está ciente; algo que, em Sua infinita sabedoria e graça, Ele sequer permitiria acontecer.
Embora eu não tenha dados estatísticos, de modo geral, descobri que, quanto mais removo qualquer culpa relacionada ao Todo-Poderoso, melhor sou capaz de me recuperar e menos adversidades sofro. O “conserto”, portanto, passa a ter menos a ver com esperar que Deus “faça algo” e mais com minha vontade de ver o que Ele faz e a cura que Ele inspira.
Por mais difícil que tenha sido ler o artigo da Daily News, dou-lhes o crédito por me fazer lembrar das palavras de uma das grandes líderes religiosas dos Estados Unidos, incentivando-me a pensar profundamente sobre minha reação à violência: “Não são os chavões humanos, mas as beatitudes divinas, que refletem a luz e o poder espirituais que curam os doentes”, escreveu Mary Baker Eddy — uma garantia que não inclui apenas os doentes no sentido físico e mental, mas também os afetados pela violência, abrindo caminho para que todos nós vivenciemos uma paz maior e mais permanente.
* Eric Nelson, do Comitê de Publicação da Ciência Cristã, escreve sobre a relação entre a consciência e a saúde.Email:[email protected]