Estudo confirma presença de dinossauros em Mato Grosso do Sul
Estudo confirma presença de dinossauros em Mato Grosso do Sul
Primeira descoberta ocorreu em 1990.
Estudo realizado pelos pesquisadores Maria Izabel Manes e Sandro Marcelo, ambos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Costa, do Museu de Ciências da Terra, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), confirmou a presença de pegadas fósseis de dinossauros na região de Nioaque, em Mato Grosso do Sul.
Maria Izabel disse que no começo dos anos de 1990 um arqueólogo de Mato Grosso do Sul encontrou uma pegada de dinossauro nas margens do Rio Nioaque. A pesquisadora disse, no entanto, que ela ficou muito tempo sem pesquisas, e que em 2017, a equipe do Museu Nacional e do CPRM foi ao local e encontrou várias outras pegadas.
Os resultados da pesquisa foram publicados esta semana no periódico científico Journal of South American Earth Sciences. O estudo contou com apoio logístico da prefeitura de Nioaque.
O mapa geológico de Nioaque aponta que essas pegadas estavam marcadas em uma rocha de mais ou menos 300 milhões de anos. O que acontece, segundo a pesquisadora, é que nessa época não havia dinossauros. “A gente percebeu então que tinha um erro no mapa geológico. Vendo essas pegadas novas, a gente concluiu que elas estão, na verdade, em rochas mais recentes no tempo geológico e que ali era um deserto que tinha um rio à sua volta. Essas pegadas ficaram marcadas nesse rio em volta do deserto e não em um ambiente glacial como foi inicialmente interpretado”, explicou. Maria Izabel estimou que as rochas tinham entre 100 milhões e 65 milhões de anos, mas admitiu que pode-se considerar também o início do período jurássico, há 140 milhões de anos.
Fonte: Agência Brasil