Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O que aprendemos com Tóquio 2021: lições olímpicas para levar à escola

O que aprendemos com Tóquio 2021: lições olímpicas para levar à escola

13/08/2021 Juliana Landolfi Maia

Essa olimpíada já trouxe vários fatos interessantes que podem nos ajudar a embasar essa discussão.

O que aprendemos com Tóquio 2021: lições olímpicas para levar à escola

Em ano olímpico, trabalhar os esportes como conteúdos torna-se um elemento de motivação a mais para os nossos alunos, e 2021 veio cheio de novidades e bons contextos para serem utilizados pelos professores. Mas essa discussão começou muito antes dessa olimpíada, pois em um cenário de pandemia, foi preciso que atletas do mundo inteiro adequassem treinamentos e rotinas para minimizar o impacto que as restrições sanitárias impuseram a todos. No Brasil, várias ações foram necessárias e o Comitê Olímpico Brasileiro ajudou orientando nossos atletas.

Acompanhando todas as modificações impostas às escolas e aos professores, a disciplina de Educação Física precisou de uma nova configuração, e muitas foram as experiências trocadas ao longo dos últimos 18 meses, como aulas remotas e práticas com distanciamento social, exigindo muita criatividade para possibilitar as vivências esportivas, e dentro desse contexto, podemos trazer para a sala de aula algumas das lições aprendidas com a Olimpíada de Tóquio 2021.

Uma das temáticas abordadas nas aulas de Educação Física no Ensino Médio está relacionada às compreensões dos  estereótipos  de gênero por meio de construções sociais e suas possibilidades de superação nas práticas corporais. Essa olimpíada já trouxe vários fatos interessantes que podem nos ajudar a embasar essa discussão. Temos, por exemplo, as ginastas alemãs que, em protesto contra a sexualização do esporte, se apresentaram com uniformes longos, deixando o tradicional collant de fora. Nessa mesma perspectiva, atletas norueguesas de handebol de praia se recusaram a vestir os biquínis típicos desse esporte, chegando, inclusive, a serem multadas, e, por esse motivo, mobilizaram personalidades do mundo todo em apoio à causa. Atrelada a essa mudança de comportamento, temos uma competição que trouxe possibilidades de equipes mistas no tênis de campo, natação e em outras modalidades.

Na outra ponta, está a atleta brasileira Rayssa Leal, primeira medalhista olímpica na modalidade skate com apenas 13 anos de idade. Em uma de suas falas após o pódio ela afirmou que “skate não é só para meninos”. Vale lembrar que a modalidade skate, pela primeira vez numa olimpíada, é uma proposta da unidade temática “Práticas corporais de aventura”,  que consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como o surfe, modalidade na qual o Brasil também garantiu premiação.

Destaque também para a atleta Rebecca Andrade, que teve uma participação histórica na ginástica artística, com medalhas na modalidade salto e individual. Além de ser a primeira atleta brasileira a conquistar o pódio duas vezes na mesma competição, ainda se consagra como a primeira atleta negra a realizar esse feito, destacando a importância da representatividade no esporte e nessa modalidade.

No Ensino Médio, também abordamos comportamentos competitivos e cooperativos nas práticas corporais com discussões sobre a influência desses fatores não só nos esportes, mas em diversas ações. A situação vivida pela atleta norte-americana Simone Biles, que optou por não participar da final olímpica, alegando a necessidade de cuidar da sua saúde mental, levantou a discussão sobre a importância dessa temática. A atleta, maior medalhista olímpica da ginástica, apresentou diversos comportamentos cooperativos após desistir de sua participação, influenciando e motivando outros competidores a permanecerem nas disputas, inclusive, torcendo por outros países.

Podemos citar também os avanços tecnológicos nas pistas de atletismo como plataformas de saída, recursos de análise de vídeo, entre tantos outros aspectos que poderiam ser utilizados como pontos de partida para propostas interdisciplinares com outros componentes curriculares.

Enfim, muitas temáticas e acontecimentos interessantes e significativos de serem abordados, seja revisitando gravações da olimpíada ou proporcionando debates em sala de aula. O importante é aproveitar esse momento histórico para trazer a realidade para a sala de aula, quadra ou campo e aproveitar o protagonismo dos alunos para embasar ainda mais temáticas tão relevantes.

* Juliana Landolfi Maia é doutoranda em Educação Física pela UNICAMP-SP e faz parte do time de formação de professores do Sistema Positivo de Ensino.

Para mais informações sobre Olimpíadas clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Central Press



Livro ensina às crianças as verdadeiras cores da amizade

Obra infantil combina narrativa poderosa com ilustrações que ganham vida ao longo das páginas para incentivar a tolerância desde cedo.

Autor: Divulgação


A maldição da aula divertida

Nem tudo o que precisamos aprender para compreender o mundo é divertido ou pode ser aprendido em meio a jogos lúdicos ou brincadeiras dinâmicas.

Autor: Daniel Medeiros

A maldição da aula divertida

Era uma vez em uma escola na Suécia

O governo sueco resolveu dar uma guinada nas suas orientações escolares e agora estimula fortemente o uso de livros em vez de laptops.

Autor: Daniel Medeiros

Era uma vez em uma escola na Suécia

Pais de autistas pedem que ministro o Parecer do Autismo

Associações de pais de autistas de todo o Brasil estão empenhadas em ampliar os direitos educacionais dos filhos.

Autor: Divulgação

Pais de autistas pedem que ministro o Parecer do Autismo

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

Investir nas pessoas no tempo presente é um princípio básico e pode ser uma das maneiras mais efetivas de garantir um futuro mais sustentável.

Autor: Antoninho Caron

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

10 motivos para falar de IA com crianças e adolescentes

Para os especialistas, a ferramenta já é considerada uma nova forma de alfabetização.

Autor: Divulgação

10 motivos para falar de IA com crianças e adolescentes

Participação e inclusão escolar: como fazer?

O princípio da gestão democrática da educação, previsto no artigo 206 da Constituição de 88, é também uma luta histórica dos movimentos a favor dos direitos das pessoas com deficiência. 

Autor: Lucelmo Lacerda e Flávia Marçal

Participação e inclusão escolar: como fazer?

Desvendando a defasagem na aprendizagem

Pesquisa compara ritmo acadêmico pré e pós-pandemia, mostrando caminhos para solucionar essa defasagem e promover sucesso educacional aos alunos.

Autor: Divulgação

Desvendando a defasagem na aprendizagem

Como as competições podem melhorar o desempenho dos alunos

O Brasil é um dos países que menos investe em educação básica no mundo, segundo a OCDE.

Autor: Divulgação

Como as competições podem melhorar o desempenho dos alunos

Volta às aulas: como evitar o estresse e a ansiedade?

Milhares de crianças e adolescentes estão de volta às salas de aula.

Autor: Divulgação

Volta às aulas: como evitar o estresse e a ansiedade?

Educação para autistas: se não agora, quando?

Nos últimos 10 anos muitas foram as conquistas alcançadas pelas pessoas com autismo, fruto de suas lutas e de suas famílias.

Autor: Lucelmo Lacerda e Flávia Marçal

Educação para autistas: se não agora, quando?

Readaptação das crianças ao ambiente escolar na volta às aulas

O início do ano letivo se aproxima e com ele muitas expectativas, o período de volta às aulas é um momento de novos desafios e oportunidades.

Autor: Divulgação

Readaptação das crianças ao ambiente escolar na volta às aulas