O ensino remoto está mais vivo do que nunca
O ensino remoto está mais vivo do que nunca
Dados recentes mostram que o número de estudantes matriculados em cursos de ensino a distância no país cresceu 45% em relação ao ano anterior.
Antes da pandemia de COVID-19, o ensino a distância no Brasil já estava em crescimento, mas a crise sanitária acelerou ainda mais essa tendência. Segundo dados mais recentes do Censo EAD.BR 2020, realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), o número de estudantes matriculados em cursos de ensino a distância no país cresceu 45% em relação ao ano anterior, totalizando mais de 10,2 milhões de matrículas.
“O crescimento do ensino a distância no Brasil pode ser atribuído a diversos fatores, como a maior oferta de cursos online, a redução de custos, a flexibilidade de horários e a possibilidade de acessar cursos de instituições renomadas sem a necessidade de se deslocar. O certo é que não retornaremos ao modelo totalmente presencial como antes da pandemia”, explica Alfredo Freitas.
O especialista afirma que é preciso interromper o preconceito que se tem com a modalidade à distância para a educação. “Está mais do que na hora de enxergarmos, todos, que o ensino remoto está mais vivo do que nunca no Brasil. Precisamos buscar métodos de qualificação desta modalidade de ensino, que assim como no modelo presencial, apresenta distinções de qualidade entre instituições”.
Mais experientes e conectados
Outro dado importante é que o ensino a distância tem sido mais procurado por estudantes mais velhos, que já têm uma carreira estabelecida e buscam se atualizar ou se especializar em suas áreas de atuação. Segundo a ABED, em 2020, 44% dos alunos do ensino a distância tinham entre 31 e 40 anos, enquanto apenas 12% tinham até 20 anos.
“Embora com maior adesão, ainda há muitos desafios a serem superados para que o ensino remoto seja acessível a todos os brasileiros. Um deles é a falta de acesso à internet e a dispositivos adequados para a educação online, especialmente em regiões mais remotas ou com baixo índice de desenvolvimento humano. Outro desafio é garantir a qualidade do ensino online para que os estudantes possam competir em igualdade de condições com os alunos de cursos presenciais”, explica Alfredo Freitas.
As vantagens do ensino remoto são inúmeras. O especialista listou cinco pontos cruciais que, segundo ele, comprovam a eficácia da modalidade para a educação brasileira. Veja:
1- Acesso à educação em locais remotos: O ensino remoto permite que estudantes de locais mais distantes e remotos do país tenham acesso à educação, mesmo que não haja escolas ou universidades próximas. Essa é uma vantagem importante para países com dimensões continentais como o Brasil.
2 - Flexibilidade de horários: Com o ensino remoto, os estudantes podem ter mais flexibilidade de horários, o que pode ajudar aqueles que precisam conciliar trabalho e estudos, por exemplo. Além disso, aulas gravadas podem ser assistidas em qualquer horário, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo.
3 - Redução de custos: O ensino remoto reduz os custos de deslocamento e hospedagem, permitindo que estudantes que antes não tinham condições de frequentar escolas e universidades em outras cidades ou estados agora possam fazê-lo.
4 - Aprendizagem personalizada: Com a tecnologia, é possível personalizar a aprendizagem de cada estudante, adaptando o ensino ao seu ritmo e necessidades individuais.
5 - Inovação educacional: O ensino remoto tem impulsionado a inovação educacional, com a utilização de novas tecnologias e metodologias de ensino, o que pode trazer benefícios para a educação como um todo.
“É importante ressaltar que o ensino remoto não é a solução para todos os problemas da educação no Brasil. Há muitos desafios a serem superados, como a falta de acesso à internet e a falta de equipamentos adequados para o estudo em casa. Além disso, muitos estudantes ainda enfrentam dificuldades para se adaptar ao novo formato de ensino”, pondera Alfredo Freitas que também dirige a universidade americana Ambra University.
“É importante que as escolas e universidades continuem a investir em tecnologia e capacitando seus professores para garantir uma educação de qualidade para todos, independentemente do formato de ensino. Precisamos entender que o ensino via internet é irreversível e positivo para o nosso país”, explica Freitas.
* Alfredo Freitas é pós-graduado em ‘Project Management’ pela Sheridan College no Canadá.
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Fonte: Onevox Brasil Comunicação