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Por que julgamos quem estuda depois dos 40?

Por que julgamos quem estuda depois dos 40?

24/03/2023 Dra. Thais Bento Lima

Estudar depois dos 40, 50 ou 60 anos não deveria ser motivo de vergonha para ninguém, pelo contrário.

Por que julgamos quem estuda depois dos 40?

Alcançar uma graduação ou terminar o ensino básico depois de uma vida dedicada à família é motivo não apenas de orgulho mas sobretudo de inspiração para milhares de pessoas

Se ter acesso a educação é um privilégio ainda para poucos, por que julgamos quem se arrisca a fazê-lo em estágios mais avançados da vida?

Para a parceira científica do SUPERA – Ginástica para o cérebro e gerontóloga da Universidade de São Paulo (USP), Thais Bento Lima, o preconceito enrustido que vem à tona neste tipo de situação está ligado a características próprias desta sociedade que cultua a juventude eterna e tem medo de chegar a velhice.

“Este comportamento é influenciado por meio dos padrões de estética e de beleza estabelecidos pela sociedade; pela mídia que representou muito muito tempo e ainda representa o envelhecer de forma negativa e cheia de estereótipos que deve viver isolado socialmente, pois não é capaz de produzir e colaborar para o desenvolvimento de uma cultura”, alertou.

O preconceito que acontece na faculdade, com um aluno mais velho ou mesmo no trabalho tem nome: gerontofobia, um comportamento que faz parte dos nossos tempos e que, muitas vezes está oculto atrás de falas, elogios e brincadeiras carregadas de preconceito.

É possível aprender depois dos 40?

A resposta é: sim. Alguém mais maduro tem mais clareza no que é importante e no que não é, o que é uma compensação muito positiva.

Além disso, aprender é um processo contínuo e não está relacionado à determinada fase da vida. Aprender, lembra a especialista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, está relacionado à promoção do envelhecimento saudável, a promoção de incentivo da aprendizagem ao longo da vida, com os direitos humanos, com a justiça social e com a igualdade.

Idadismo na faculdade

A cena – com ampla repercussão – incluindo três universitárias que caçoaram de uma estudante de 40 anos é, na verdade, idadismo. A palavra idadismo é uma adaptação para o português da expressão em inglês ageism, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), refere-se a pensamentos, sentimentos, ações e comportamentos, apresentados através de estereótipos, preconceitos e discriminação relacionados a idade.

“Na grande maioria dos casos, homens e mulheres estudam depois dos 40 anos porque não tiveram oportunidades quando eram mais jovens o que torna qualquer crítica ainda mais cruel. Precisamos lembrar que o Brasil está envelhecendo em ritmo acelerado, com inversão da pirâmide etária – ou seja: menos jovens e mais idosos com estimativa de que muitas cidades brasileiras em 2030 terá mais idosos do que jovens. Para combater o preconceito etário, assim como recomenda a OMS, precisamos

combater estereótipos e aumentar a discussão sobre temas próprios do envelhecimento, combatendo o preconceito etário, promovendo a sensibilização e a empatia; e que possam incentivar a realização de atividades entre as gerações”, contou a professora – doutora Thais Bento Lima, parceira científica do SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Algumas diretrizes da Unesco para todos os países do mundo, com o objetivo de possibilitar que pessoas de diferentes idades tenham acesso à educação:

·        Promover a aprendizagem inclusiva desde o ensino básico ao ensino superior;

·        Revitalizar a aprendizagem nas famílias e nas comunidades;

·        Facilitar a aprendizagem para e no local de trabalho;

·        Ampliar o uso das tecnologias modernas de aprendizagens;

·        Melhorar a qualidade e a excelência da aprendizagem;

·        Fomentar a cultura de aprendizagem ao longo de toda a vida;

·        Promover a aprendizagem inclusiva da educação básica à alta educação.

Além disso, o Estatuto do Idoso, tem a aprendizagem como um direito para que os cidadãos de 60 anos ou mais devem ter acesso às práticas educativas. “Na Gerontologia e nos estudos da Psicologia do envelhecimento, entendem que o indivíduo está se desenvolvendo em todas as fases do ciclo de vida, por isso não existe idade certa para aprender coisas novas, cada pessoa terá o seu tempo e o seu momento, para realizar sonhos, projetos e ter novas experiências e oportunidades”, concluiu a professora – doutora Thais Bento Lima, parceira científica do SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

*  Dra. Thais Bento Lima, professora e parceira científica do SUPERA – Ginástica para o cérebro e gerontóloga da Universidade de São Paulo (USP).

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Fonte: Método SUPERA



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