Sou professor e, ao contrário do que rezam as lendas urbanas disseminadas em milhares de grupos de WhatsApp, tenho trabalhado para além de minhas forças.
Na manhã de 29 de agosto de 1968, tropas da polícia militar e do Exército invadiram a Universidade de Brasília, agredindo muitos estudantes dentro das salas de aula.
Aceitar que morreremos é uma tarefa árdua. Por isso, é muito mais cômodo colocar a morte no campo das possibilidades. E quando ela irrompe, parece sempre fortuita.
Era o ano de 1912 e, verdade seja dita, o carnaval não era ainda essa folia de dezenas de escolas na avenida e centenas de blocos pelas ruas. Havia o corso e os bailes.
Não sou daqueles que desejam entrar em uma máquina do tempo e viver em outra época, mas gostaria que a ideia de futuro que algumas pessoas de certas épocas alimentaram estivesse mais presente no tempo que vivo, agora.
Há comigo uma dúvida que me persegue, que me atormenta, e agora mesmo penso nela, depois da chegada da Maninha, do Ronaldo, que todo dia vêm ver se eu ainda não desapareci.