Aluna se inspira nos próprios aparelhos auditivos para escrever livro sobre inclusão
Aluna se inspira nos próprios aparelhos auditivos para escrever livro sobre inclusão
Estudante que convive com uma condição auditiva e neurológica atípica reflete acerca da aceitação e da discriminação no livro que produziu em programa literário realizado pela escola.
Aos nove anos de idade, Bella de Souza Perlati acaba de lançar seu próprio livro, o primeiro impresso em formato igual aos encontrados em livrarias – apesar dos inúmeros outros que escreveu em seus cadernos espalhados pela casa. Se antes ela já queria ser astronauta e veterinária, agora ela tem certeza de que também quer ser escritora. O motivo? Poder “escrever sobre os direitos das pessoas”, como ela própria diz.
Bella estuda no quarto ano do Ensino Fundamental, sabe ler e escrever, mas carrega o diagnóstico de perda auditiva neurosensorial bilateral e esclerose hipocampal, o que torna seu processo de desenvolvimento mais delicado. Por usar aparelhos auditivos e, em alguns momentos, ter dificuldade para se lembrar de aprendizados recentes, está em constante batalha, porém, sempre acompanhada de um sorriso no rosto, além de lápis e caderno na mão para não deixar de anotar nenhuma de suas impressões.
Assim como os amigos da classe, a estudante participou do programa literário Ciranda de Livro, incluído no planejamento pedagógico do Colégio The Joy School, da cidade Jundiaí-SP. A atividade, feita ao longo do letivo e até de maneira interdisciplinar, prevê que cada aluno escreva e ilustre o próprio livro baseado em um tema proposta em sala. O desfecho se dá em um evento de autógrafos que, no caso da Bella, acontecerá no dia 11 de dezembro.
Fonte: School Picture