Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher foi escolhido pela ONU para fazer memória do protesto que operárias de uma tecelagem fizeram, em Nova Iorque, em 8 de março de 1957, como parte de sua luta por melhores salários e condições dignas de trabalho.
São muitas as mulheres que têm consciência de sua importância e do valor do seu papel na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Neste ano de 2021, elas devem ser homenageadas de maneira muito, muito singular...
Nosso profundo respeito às mulheres que são médicas, enfermeiras, recepcionistas e faxineiras e que, nos hospitais e postos de saúde, assumiram seus lugares nas trincheiras em que a luta ferrenha pela vida, nem sempre bem-sucedida, tornou-se obrigatória durante as 24 horas do dia.
Nossa profunda admiração às mulheres que, nas mais diversas profissões, tiveram que trocar o conhecido ambiente de trabalho pelas atividades à distância, que as transformaram em heroínas capazes de manejar o computador com a mão direita enquanto, com a esquerda, cuidavam de seus filhos pequenos, que já não podiam frequentar a escola!
Nossa profunda gratidão às mulheres pesquisadoras e cientistas que se debruçaram sobre estudos, estatísticas, descobertas e tornaram possível o surgimento e a aplicação de remédios que aliviaram e curaram as dores atrozes trazidas pela pandemia.
Nossa profunda reverência às mulheres anônimas que se desdobraram para que não nos faltassem os serviços essenciais para que pudessem manter-se, no isolamento e na segurança, aquelas que já não têm forças e energias para assumir sua parte nos riscos sem medida que os últimos doze meses produziram.
Nossa mais sincera e humilde oração por todas as que perderam seus pais, seus maridos, seus irmãos, seus filhos – e sua própria vida – para essa nova personificação da morte que continua com sede de vítimas.
E nossa esperança de que, no próximo ano, possamos celebrar esse dia com a serenidade, a paz e a coragem de sempre de construir um mundo plural, em que o amor e a amizade possam se manifestar através do abraço que no presente nos foi roubado.
* João Baptista Herkenhoff é juiz de direito aposentado (ES) e escritor.