Meios de pagamento: uma mudança em curso no Brasil
Meios de pagamento: uma mudança em curso no Brasil
Embora 71 por cento do crédito esteja concentrado em grandes bancos, essa perspectiva está mudando.
Empresas estabelecidas de outros setores e startups estão criando as próprias soluções – e tido bons resultados.
Na última quarta-feira, a curitibana Ebanx recebeu um aporte e se tornou um unicórnio, startup avaliada em 1 bilhão de dólares – e o primeiro da região Sul do país.
A startup, que oferece soluções de pagamento para outras companhias, agora planeja realizar sua expansão para a América Latina.
Na mesma semana, o Google anunciou que o Google Pay, sua carteira de pagamentos, aceitará débito.
A iniciativa parece inofensiva, mas possui um grande potencial – o de fidelizar os milhões de brasileiros que não possuem acesso à cartão de crédito.
De acordo com a empresa, apenas 50 milhões dos 210 milhões de habitantes do país têm acesso a esta modalidade de pagamento.
Os que não possuem crédito e desejam realizar compras online se tornam reféns do boleto bancário, que pode demorar dias para ser compensado.
Quem também está de olho nas pessoas que não possuem crédito é a Rappi.
Além de ter lançado uma carteira digital no ano passado, a startup criou seu próprio cartão pré-pago.
E quem deseja um cartão de crédito, mas não os consegue com os grandes bancos, agora possui novas opções, de empresas que antes ofereciam apenas serviços e produtos: Mercado Livre, PicPay e Apple.
O Mercado Livre lançou um cartão de crédito sem anuidade e com benefícios para seus clientes.
A Apple também optou por um cartão de crédito, o Apple Card, que é totalmente controlado pelo iPhone.
Já o PicPay lançou o cartão de crédito para facilitar a realização de compras dos clientes em estabelecimentos físicos, embora deseje convertê-los para sua carteira digital online.
Todas as opções citadas possuem o cashback como um atrativo, em que é devolvida uma porcentagem do dinheiro de volta (a depender da transação).
E é claro que os meios de pagamento não são constituídos apenas por cartões. Na verdade, em alguns países, eles já estão para trás.
A China é a líder em pagamentos com QR Code – a modalidade supera os pagamentos em espécie e cartões.
A iniciativa é estimulada por grandes empresas de tecnologia, como Tencent e Alibaba, e não por grandes bancos.
A economista Claudia Eliza Medeiros, sócia da PwC, acredita que o Brasil seguirá o mesmo caminho.
E você, tem visto reflexo dessas mudanças nos meios de pagamento?
Fonte: StartSe