O forró foi declarado patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por unanimidade nesta quinta-feira (9). A decisão ocorre dez anos após abertura do processo.

Em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, o forró foi definido como um “supergênero”, por compilar expressões e ritmos como o xote, baião, xaxado, miudinho, chamego, arrasta-pé e a quadrilha.

No próximo dia 13 de dezembro, é celebrado o Dia do Forró, e o reconhecimento pode ser um presente para valorização do gênero. A data comemora o aniversário de Luiz Gonzaga, conhecido como Rei do Baião, que nasceu em 1912.

Para compreender como se expressa o “supergênero”, o Iphan iniciou em 2019 pesquisas nos nove estados do Nordeste, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em Minas Gerais e Espírito Santo, o órgão também realizou estudos para identificar festivais sobre a expressão musical.  

Por meio das pesquisas, o Iphan descobriu que a palavra forró foi mencionada pela primeira vez em um jornal amazonense de 1914. Provavelmente, em referência a atividades festivas de seringueiros cearenses.

Além disso, conforme o estudo, o termo deve ter surgido da expressão “forrobodó”, porém já era usado em dicionários desde o final do século XIX, em alusão a práticas pejorativas.  

A Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba, foi quem encaminhou a solicitação de registro das matrizes tradicionais do forró. Em 2011, o processo foi aberto.

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