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Culpa – função psicológica e desenvolvimento do processo de cura

Culpa – função psicológica e desenvolvimento do processo de cura

16/03/2022 Andréa Ladislau

O processo de cura acontece quando eu realmente compreendo a função desta culpa e olho para o acontecido com um olhar mais crítico.

Culpa – função psicológica e desenvolvimento do processo de cura

Muito se fala da autopunição e dos chicotes imaginários os quais usamos para nos culparmos por repetições de comportamentos, situações ou emoções destrutivas: os chamados ciclos viciosos.

Porém, a culpa que imputamos a nós quando percebemos que estamos, novamente, fazendo as mesmas coisas é na verdade, uma tentativa interna de alívio da sensação ruim. Uma maneira de nos sentirmos melhores apesar dos erros. Tentando demonstrar que se está errando de novo, mas não queria estar agindo assim.

Como se, a sua culpa se fosse eliminada neste momento. Mas assumir uma culpa e não tomar atitude de mudança, de nada adianta para que o ciclo seja quebrado.

No fundo do nosso inconsciente, agimos assim para assumir para nós mesmos que não somos pessoas tão perversas, tão cruéis ou tão ingênuas. O que não minimiza os impactos e ações que nos prejudicam.

Essas punições são na verdade, manipulações que criamos para nós e para o outro, objetivando um alívio interno e a valorização desta falta de atitude em agir em prol de uma verdadeira mudança.

Existe, portanto, uma necessidade real de alteração desse comportamento. Continuar fazendo as mesmas coisas, da mesma maneira ou vivenciando situações que causam a culpa no final, para criar justificativas eternas, não ajudam no aprendizado, e de fato não nos confrontam com o real motivo da repetição.

Indagar-se: Por que errei? Por que sempre estou agindo desta forma? Por que repito sempre os mesmos tipos de relações? Sempre o mesmo perfil de pessoas? O que me faz me perder?

Ou porquê perco o controle da situação, se eu já cometi o mesmo erro antes? Essas perguntas investigativas são de extrema importância no processo de eliminação dos seus atos repetitivos e, consequentes, punições imaginárias, através de culpas impostas.

O processo de cura acontece quando eu realmente compreendo a função desta culpa e olho para o acontecido com um olhar mais crítico, diagnosticando esse desvio no comportamento.

Se culpar pelos erros e repetições apenas, não é uma ação produtiva. É preciso aprender a não sofrer e não se punir sem tomar atitudes que, de fato modifiquem esse processo. Revisitando a situação que gera o desconforto e investigando suas reais motivações.

Seja honesto consigo mesmo e desnude-se da armadura de proteção que pode estar impedindo o ajuste desta incoerência emocional.

Descubra através do seu próprio diagnóstico, qual o gatilho que foi acionado para desencadear o comportamento vicioso, fazendo com que os mesmos erros sejam sempre cometidos. 

Não se justificar através da culpa e assumir os riscos de uma correção é a maneira mais sensata para evitar com que essa roda continue a girar como em outras situações anteriores.

Enfim, apenas sofrer por estar sempre fazendo tudo da mesma maneira, repetindo e repetindo, não adianta nada e não irá ajudar você a livrar-se da culpa e da autopunição. Vai ficar no mesmo lugar.

O correto é se auto responsabilizar, investigando seu inconsciente. Questionando e buscando respostas verdadeiras sobre as motivações aplicadas, até se conseguir perceber a razão de ser dos sentimentos, emoções e comportamentos.

Pare de se lamentar. A chave do sucesso desta ruptura é o autoconhecimento. Só através dele, permite-se que, a aplicação correta da inteligência emocional seja capaz de enfraquecer suas resistências e limitações para dar lugar às transformações positivas no alcance de um equilíbrio emocional.

* Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei).

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