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Escoliose em adolescentes: como prevenir?

Escoliose em adolescentes: como prevenir?

27/12/2023 Carlos Eduardo Barsotti

Orientação e monitoramento constante é fundamental para assegurar que os exercícios sejam feitos corretamente.

Escoliose em adolescentes: como prevenir?

Muitos adolescentes, principalmente, durante seu estirão do crescimento, que ocorre na puberdade, enfrentam dores decorrentes do desvio da coluna vertebral todos os anos, correndo graves riscos de desenvolverem sérios problemas de saúde caso não identifiquem esta condição antecipadamente. Por mais que este seja um cenário muito frequente nesta faixa etária, existem métodos eficazes de combate à sua piora, trazendo qualidade de vida aos jovens sem que tenham que sofrer consequências severas em seu futuro. Deles, o mais eficaz é, sem dúvidas, o colete para escoliose.

Considerando as tipologias de escoliose mais comuns, a idiopática é a que mais acomete os adolescentes – a qual pode apresentar níveis de evolução variados, a depender de cada caso. Segundo dados da OMS, cerca de 2% e 3% dos adolescentes em todo o mundo são afetados por essa patologia e, embora sua causa seja desconhecida e, portanto, difícil de prevenir no sentido estrito, o acompanhamento regular com profissionais de saúde permite que consiga ser identificada em seus estágios iniciais e, com isso, consiga ser prevenida.

Existem diversos programas de rastreamento nas escolas, também conhecidos como "school screening," que desempenham papéis fundamentais para identificar a escoliose em seus estágios iniciais, de forma que os profissionais da área consigam realizar a intervenção precoce com foco em trazer melhoras significativas no prognóstico. Com eles, se torna possível identificar o grau da curvatura presente no adolescente e, assim, direcioná-lo para o melhor tratamento.

Nos casos em que as curvas estão mais propensas a piorar, o uso dos coletes ortopédicos se mostra como opções altamente recomendadas, uma vez que seu principal objetivo é evitar que a curvatura progrida para um ponto em que a cirurgia seja necessária. Quando utilizados no tempo correto, um estudo publicado no "New England Journal of Medicine" demonstrou uma taxa de sucesso de 72% na prevenção da progressão da curva a um ponto que requer cirurgia – sobretudo, naqueles que o usam por, pelo menos, 17 horas por dia.

O tipo e o projeto do colete são escolhidos de acordo com a localização e a gravidade da curva, considerando que cada um deles traz suas próprias características e recomendações conforme o estado no qual o adolescente se encontra. Hoje, existem modelos altamente desenvolvidos em 3D e S4D, que representam inovações significativas no tratamento da escoliose idiopática. Essas tecnologias utilizam métodos de fabricação avançados, permitindo um ajuste mais preciso e confortável ao corpo do jovem, junto com muitos outros benefícios para seu tratamento.

Fora essa personalização garantindo um encaixe exato e de maior eficácia, a precisão no design com o aumento do conforto pode melhorar a adesão do jovem ao modelo, capaz de potencializar significativamente o resultado a ser obtido. Mas, paralelamente a este uso, é extremamente importante que o adolescente diagnosticado com escoliose realize sessões de fisioterapia, com um direcionamento mais preciso para melhorar a força, flexibilidade e postura do paciente.

Essa orientação e monitoramento constante é fundamental para assegurar que os exercícios sejam feitos corretamente, o que criará uma abordagem de tratamento mais holística quando integrada ao colete ortopédico. Juntos, esses componentes oferecem uma abordagem abrangente e eficaz para a gestão da escoliose idiopática, apoiando a saúde e o bem-estar dos adolescentes afetados.

A escoliose idiopática do adolescente é uma condição complexa, mas com a detecção e intervenção precoces, sua progressão pode ser interrompida ou retardada, especialmente quando tratada com o uso dos coletes ortopédicos nos casos recomendados. Contudo, é importante destacar que eles representam não apenas uma forma de correção física, mas também uma abordagem que requer compreensão, paciência, e suporte psicossocial.

Por isso, considerando que sua adaptação pode ser um desafio tanto físico quanto emocional para o adolescente, é essencial que ele tenha suporte integral de sua família, dos amigos e da equipe médica. Com este apoio multidisciplinar e compromisso clínico, será possível transformar a jornada de um adolescente com escoliose em uma história de sucesso e resiliência.

* Carlos Eduardo Barsotti é cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. 

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Fonte: Informa Mídia



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