Quer ter saúde? Comece dormindo
Quer ter saúde? Comece dormindo
Ter saúde significa dispor de todo o nosso organismo exercendo suas funções específicas adequadamente.

É para isso que servem tratamentos, consultas e medicamentos, bem como a alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas. É verdade que a luta para manter o corpo em equilíbrio é árdua e incessante. Mas não são necessários apenas grandes esforços para alcançar esse resultado. Também há hábitos simples que são fundamentais para a saúde física e mental. Um deles é até fisiológico: dormir.
O sono ideal é aquele revigorante, capaz de reparar e regenerar o corpo. Sua importância se dá não apenas por conta do descanso em si, mas porque o organismo entra em operação para executar tarefas importantes exatamente durante o processo de repouso. É neste momento que ocorrem a produção de células saudáveis, o reparo de tecidos e até mesmo o desenvolvimento muscular. Ou seja, dormir bem é essencial para a saúde.
Mas muita gente pode questionar o que, afinal de contas, significa dormir bem. Não é algo tão simples. Para isso, é preciso alcançar o sono REM – da sigla inglesa Rapid Eye Movement, ou “movimento rápido dos olhos” –, a última de quatro etapas do nosso descanso. É durante o REM que os sonhos acontecem e que o indivíduo finalmente encontra-se num relaxamento que permite intensificar a atividade cerebral e canalizá-la para funções bem pontuais.
No Brasil, o sono REM parece ser um privilégio para poucos. Estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que nada menos que 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, dentre as quais a insônia. A dificuldade de dormir impede que o indivíduo chegue ao REM, levando-o a, no máximo, ficar estacionado nas etapas anteriores do sono, chamadas de não-REM.
Em muitas circunstâncias, porém, a dificuldade de dormir é provocada pelo comportamento inadequado do próprio insone. O acesso a telas, o consumo de alimentos gordurosos e de drogas interfere diretamente na qualidade do sono, de modo que torna mais difícil oferecer ao corpo o tempo necessário para passar por cada etapa do relaxamento. A estimativa é de que cada etapa dure cerca de 20 minutos.
Os problemas do sono, por seu turno, podem, num longo prazo, levar até mesmo a quadros de saúde mais graves, como hipertensão, diabetes, AVC, ansiedade, depressão, hiperatividade e perda de memória. Para quem já convive com algum desses problemas e tem a mínima suspeita de que sua origem está na má qualidade do sono, a orientação é para que procure por um médico especialista em distúrbios do sono. O cuidado com a saúde deve acontecer 24 horas por dia, inclusive enquanto estiver dormindo.
* Dr. Celso di Lascio, médico da You Saúde.
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Fonte: Naves Coelho Comunicação