Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Lula livre e candidato, será?

Lula livre e candidato, será?

01/05/2018 Bady Curi Neto

As especulações sobre a real possibilidade de Lula ser solto e poder disputar as eleições.

Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Luiz Fux, falaram com a imprensa em São Paulo, conforme noticiado no site eletrônico da revista Isto É, a respeito da possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser colocado em liberdade e que, a sua candidatura para presidente da República seja registrada.

Após as falas dos Ministros começaram-se as especulações sobre a real possibilidade de Lula ser solto e poder disputar as eleições presidenciais. Na realidade, não foi isto o que disseram os Ministros.

A interpretação me parece um pouco equivocada, senão vejamos: Ao ser perguntado sobre o recurso do condenado Lula que questionava a determinação de sua prisão antes de julgado o segundo embargos declaratórios no TRF da 4ª Região, Gilmar Mendes se manifestou: “Eu acredito que já esteja prejudicado (recurso), porque o Tribunal (TRF4) negou o recurso, mas pode, claro”.

A toda evidência, o recurso restou prejudicado em razão do exaurimento de seu objeto que requeria à espera do julgamento do segundo embargos declaratórios interpostos pela defesa, para que então, fosse emitida a ordem de prisão do condenado.

Ocorreu que antes de ser julgado o Recurso na Suprema Corte, o TRF4 decidira os embargos, não havendo mais objeto a ser examinado no STF. A ressalva posta pelo Ministro atém-se ao campo remotíssimo das hipóteses.

Já a fala do Ministro Presidente do TSE, Luiz Fux, também deve ser examinada com moderação e prudência, para que não surjam interpretações errôneas do que foi dito. Ao ser perguntado sobre a hipótese de Lula ter sua candidatura à presidência da República registrada, Fux defendeu que a missão do Tribunal Superior Eleitoral é preservar a lei da ficha limpa, mas ponderou: “A lei prevê que o acesso ao Judiciário é uma cláusula pétrea. Evidente que se o Supremo Tribunal Federal deferir uma liminar e o TSE vem abaixo dele, manda quem pode obedece quem tem juízo”.

Em sua fala, o Ministro só fez dizer o óbvio, ou seja, a busca da tutela jurisdicional ou acesso ao judiciário é garantia Constitucional a todos os cidadãos que acham que seu direito foi violado.

Então se o pretenso candidato a cargo eletivo, mesmo que processado, condenado e cumprindo pena, a despeito da Lei 135/2010 – conhecida como Ficha Limpa – entende-se que seu direito a disputar as eleições fora violado, deve-se buscar as vias judiciais para socorrê-lo.

Porém, o fato de entrar com recurso e ser provido existe uma distância abissal. No mesmo diapasão da obviedade, terminou a entrevista dizendo que: “Se o Supremo emitir uma ordem eu terei que, necessariamente, cumprir”, o que é lógico, a Suprema Corte é a última instância do Poder Judiciário e, portanto, a última palavra.

Como diz o ditado popular: “O óbvio tem que ser dito”, mas não se pode esquecer da frase de Clarice Lispector, “O óbvio é a verdade mais difícil de enxergar”.

* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Fonte: Naves Coelho Assessoria e Marketing



O embate Twitter Files Brasil: que legado queremos deixar?

Elon Musk está usando sua plataforma X (ex-Twitter) para um duelo digital com o presidente do STF, Alexandre de Moraes.

Autor: Patrícia Peck


Justiça e inclusão: as leis para pessoas com TEA

Por muito tempo, os comportamentos típicos de crianças que tinham Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram tratados como “frescura”, “pirraça” ou “falta de surra”.

Autor: Matheus Bessa e Priscila Perdigão


Você conhece a origem dos seus direitos?

Advogado e professor Marco Túlio Elias Alves resgata a história do Direito no Brasil e no mundo em livro que democratiza os saberes jurídicos.

Autor: Divulgação


Os planos de saúde e os obstáculos ao bem-estar dos pacientes

No contexto do direito à saúde no Brasil, os planos de saúde privados são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece normas e diretrizes para garantir a cobertura assistencial aos consumidores.

Autor: Natália Soriani


R$ 200 mil não apaga a dor, mas paga a conta

Um caso de erro médico do interior de São Paulo chamou atenção de todo Brasil por conta de dois fatores.

Autor: Thayan Fernando Ferreira


Precisamos mesmo de tantas leis?

O Direito surgiu como uma forma de organizar melhor as sociedades, uma vez que já havia algumas tradições reproduzidas a partir de exemplos ou de determinações orais que alguns grupos, especialmente os familiares, seguiam.

Autor: Marco Túlio Elias Alves


Proibição do chatbot na campanha eleitoral afeta políticos com menos recursos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou normas relacionadas ao uso da inteligência artificial nas campanhas para as eleições municipais de 2024. A alteração é vista como pequena e mal discutida por especialistas da área.

Autor: Divulgação


Digitalização da saúde e os desafios na relação plano e consumidor

A digitalização da saúde, que compreende o uso de recursos tecnológicos e de Tecnologia da Informação (TI) para fins médicos, é um fenômeno que a cada ano se consolida e expande em todo o país.

Autor: Natália Soriani


Os equívocos do caso Robinho

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no uso de competência constitucional e regimental, analisou e, por maioria de votos, homologou o pedido de execução da sentença penal condenatória proferida pela Justiça Italiana contra o ex-jogador Robinho.

Autor: Marcelo Aith


A nova lei de licitações: o que deve mudar daqui para frente?

O sucesso dessa legislação dependerá do compromisso de todas as partes envolvidas em trabalhar juntas.

Autor: Matheus Teodoro


Exclusão de dependentes maiores de 25 anos de planos de saúde

Os magistrados têm reconhecido a existência de uma expectativa de direito por parte dos consumidores.

Autor: José Santana Junior


TikTok e a multa milionária por captura ilegal de dados biométricos no Brasil

Por utilizar métodos que ferem a Lei Geral de Proteção de Dados e o Marco Civil da Internet, o TikTok, rede social famosa por vídeos de curta duração, foi multado em R$ 23 milhões pela Justiça.

Autor: Renato Falchet Guaracho