Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A Educação Superior e o Novo Mercado de Trabalho

A Educação Superior e o Novo Mercado de Trabalho

07/04/2021 Ricardo Drummond

Nunca tivemos tanto acesso a conteúdos de maneira livre e gratuita na Internet como temos hoje.

A Educação Superior e o Novo Mercado de Trabalho

Quando falamos sobre educação superior do futuro, logo nos vem à cabeça o uso de robôs, tecnologias de realidade virtual e aumentada, chips que transmitem informações diretamente para nosso cérebro, entre outras maravilhas proporcionadas pelas novas tecnologias.

Entretanto, verificamos que o modelo educacional tradicional sofreu pouquíssimas evoluções nas últimas décadas. Uma estrutura formatada, criada no século 19, na qual o professor, detentor do conhecimento, fica à frente de seus alunos que estão organizados em fileiras lado a lado, prontos para receber a informação e o conhecimento de forma estruturada e engessada. Tal modelo já não atende mais às demandas destes alunos, que desde muito pequenos já têm acesso a todo o conhecimento do mundo a um clique de distância, nas telas dos celulares. 

Nunca tivemos tanto acesso a conteúdos de maneira livre e gratuita na Internet como temos hoje. Dentro deste contexto, vocês devem estar se perguntando: não precisamos mais de professores? A resposta curta e simples é: não para transmitir conteúdo! O professor, dentro do contexto da educação do futuro, assume um papel muito mais de mentor do que de transmissor de conteúdo. Os alunos não mais precisam ir para a sala de aula para ter acesso a conteúdo. O professor precisa transformar a forma como leciona e agir para estimular os alunos na busca e construção do conhecimento, de forma a auxiliá-los na jornada do aprendizado.

Outro importante fenômeno que deve crescer cada vez mais, caso a educação superior não se reinvente, é a desvalorização do diploma pelo mercado. O mercado de trabalho, via de regra, já não valoriza mais a educação superior como antigamente. Pessoalmente, ao analisar um currículo, eu não olho mais qual curso superior a pessoa fez, em qual escola ela se formou (se é que ela se formou) e, muito menos me interesso por suas notas. O que quero saber em um processo seletivo é a experiência dessa pessoa, suas habilidades interpessoais, seu perfil comportamental e sua capacidade de entregar resultados. E eu não sou uma voz isolada na multidão, grandes empresas já manifestaram publicamente a não relevância da educação formal em seus processos seletivos. Com a especialização cada vez maior das funções, veremos cada vez mais, cursos curtos e com conteúdos práticos sendo ofertados por instituições não acreditadas pelo MEC, mas cada vez mais acreditadas pelo mercado, não pelo diploma que fornecem, mas pelos resultados entregues pelos seus egressos alunos.

Ainda dentro desta nova realidade do mercado de trabalho, observamos que, cada vez mais, as habilidades comportamentais têm se tornado muito mais importantes do que as habilidades técnicas. Vários são os estudos que demonstram que as habilidades interpessoais são responsáveis pela maioria das promoções e demissões de profissionais. Assim, cada vez mais, surge a necessidade de os programas formais, que tradicionalmente sempre foram focados no desenvolvimento de habilidades técnicas, se adaptarem para fornecer em suas grades, temas ligados ao desenvolvimento de habilidades comportamentais.

Por fim, acredito que a habilidade mais importante que o profissional do futuro tenha, é a capacidade de se adaptar em um mundo de constantes mudanças. Um estudo conduzido pelo Institute for the Future ligado à empresa Dell, concluiu que cerca de 85% dos empregos de 2030 ainda não existem. Ora, se os trabalhos do futuro ainda não existem, como devemos nos preparar para esses trabalhos? Não existe receita de bolo para responder essa questão, mas existem várias coisas que você pode fazer. Aprenda a estudar e conheça coisas novas, isso te ajudará quando precisar desenvolver uma nova habilidade. Lembre-se, a única coisa certa sobre o futuro é a mudança. Esteja pronto.

* Ricardo Drummond - Responsável pelas áreas de finanças, RH e relações com investidores da mLearn, edtech em que é fundador, é engenheiro e mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras, possui Certificação em Inovação e Empreendedorismo pela Stanford University.

Para mais informações sobre Educação do Futuro clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Sheep Comunicação



Afinal, vale a pena insistir no ensino da letra cursiva nas escolas?

Um assunto relevante para a educação está dividindo opiniões: o uso da letra cursiva nas escolas.

Autor: Liliani A. da Rosa

Afinal, vale a pena insistir no ensino da letra cursiva nas escolas?

Estudantes cativados, estudantes motivados

Contar com a participação da família nesse processo é fundamental para que a criança seja estimulada e reconhecida.

Autor: Cleonara Schultz Diemeier

Estudantes cativados, estudantes motivados

Quem faz pós graduação EaD pode estagiar?

A escolha pelo modelo híbrido de educação ganha força e esses alunos também podem pleitear as vagas.

Autor: Carlos Henrique Mencaci

Quem faz pós graduação EaD pode estagiar?

Livro ensina às crianças as verdadeiras cores da amizade

Obra infantil combina narrativa poderosa com ilustrações que ganham vida ao longo das páginas para incentivar a tolerância desde cedo.

Autor: Divulgação


A maldição da aula divertida

Nem tudo o que precisamos aprender para compreender o mundo é divertido ou pode ser aprendido em meio a jogos lúdicos ou brincadeiras dinâmicas.

Autor: Daniel Medeiros

A maldição da aula divertida

Era uma vez em uma escola na Suécia

O governo sueco resolveu dar uma guinada nas suas orientações escolares e agora estimula fortemente o uso de livros em vez de laptops.

Autor: Daniel Medeiros

Era uma vez em uma escola na Suécia

Pais de autistas pedem que ministro o Parecer do Autismo

Associações de pais de autistas de todo o Brasil estão empenhadas em ampliar os direitos educacionais dos filhos.

Autor: Divulgação

Pais de autistas pedem que ministro o Parecer do Autismo

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

Investir nas pessoas no tempo presente é um princípio básico e pode ser uma das maneiras mais efetivas de garantir um futuro mais sustentável.

Autor: Antoninho Caron

Educação e cidadania: pilares para futuro sustentável

10 motivos para falar de IA com crianças e adolescentes

Para os especialistas, a ferramenta já é considerada uma nova forma de alfabetização.

Autor: Divulgação

10 motivos para falar de IA com crianças e adolescentes

Participação e inclusão escolar: como fazer?

O princípio da gestão democrática da educação, previsto no artigo 206 da Constituição de 88, é também uma luta histórica dos movimentos a favor dos direitos das pessoas com deficiência. 

Autor: Lucelmo Lacerda e Flávia Marçal

Participação e inclusão escolar: como fazer?

Desvendando a defasagem na aprendizagem

Pesquisa compara ritmo acadêmico pré e pós-pandemia, mostrando caminhos para solucionar essa defasagem e promover sucesso educacional aos alunos.

Autor: Divulgação

Desvendando a defasagem na aprendizagem

Como as competições podem melhorar o desempenho dos alunos

O Brasil é um dos países que menos investe em educação básica no mundo, segundo a OCDE.

Autor: Divulgação

Como as competições podem melhorar o desempenho dos alunos