Conjuntivite alérgica pode afetar até 60% das pessoas atópicas e 20% da população
Conjuntivite alérgica pode afetar até 60% das pessoas atópicas e 20% da população
Em suas formas mais graves, as conjuntivites alérgicas podem causar danos na córnea e ameaçar a visão.
Sabe aquela coceira incontrolável no olho que vem acompanhada de uma vermelhidão que não melhora?
Esses são os primeiros sinais da conjuntivite alérgica. O que poucas pessoas sabem é que há diferentes tipos de conjuntivite de origem alérgica e que algumas delas precisam de uma atenção especial.
Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, embora a maioria dos casos de alergia ocular tem um desfecho sem complicações, é preciso estar atento às formas mais graves, principalmente quando o processo inflamatório atinge também a córnea.
“Na ceratoconjuntivite, a inflamação afeta a conjuntiva e a córnea. A partir disso, há um risco maior de ocorrer lesões como cicatrizes, úlceras ou ainda o crescimento de vasos sanguíneos anormais na superfície corneana”.
Coceira e vermelhidão são os principais sintomas
Embora haja diferentes tipos de conjuntivite alérgica, todas têm em comum a coceira e a vermelhidão. “A conjuntivite alérgica sazonal é a mais comum. Normalmente, ocorre mais na primavera e no verão. Isso porque nessas estações há uma quantidade maior de pólen no ar”, diz Dra. Tatiana.
Por outro lado, nos meses do outono e inverno o ar fica mais seco e, como resultado, há uma maior quantidade de agentes alérgenos suspensos no ar. Entre eles podemos citar o pó, poluição e ácaros.
A conjuntivite alérgica pode se tornar perene, ou seja, crônica. Nessas formas, é provável que a pessoa apresente simultaneamente crises de asma, rinite e dermatite.
A rinite afeta, aproximadamente, 20% da população e cerca de 57% dos pacientes com rinite sofrem de sintomas oculares. Contudo, ter rinite não é um pré-requisito para a conjuntivite alérgica.
Tratamento pode ser longo
Em relação ao tratamento, Dra. Tatiana adverte que o paciente não deve usar colírios por conta própria, em nenhuma hipótese.
“Quando a vermelhidão e a coceira não desaparecem, é preciso procurar um oftalmologista. Nas conjuntivites alérgicas, precisamos identificar o que está causando a alergia para poder tratar da melhor maneira. Além disso, o tratamento pode ser prolongado nos casos mais crônicos”, reforça.
O diagnóstico e o tratamento precoce de um quadro de conjuntivite alérgica são fundamentais para evitar o agravamento da condição em relação aos danos que podem ocorrer na córnea e nas pálpebras.
Fonte: Agência Health