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Árvores e vida

Árvores e vida

19/09/2022 Luiz Carlos Amorim

Então a primavera chega no dia 22 de setembro e o Dia da Árvore chega um dia antes, para anunciar a mais bela estação do ano.

Infelizmente, acho que não temos muito para comemorar no Dia da Árvore, pois nós, seres humanos, não sabemos ou não queremos cuidar bem da natureza.

Nós não cuidamos do nosso meio ambiente, não protegemos as árvores que nos dão tudo, até o ar que respiramos e sem o qual não vivemos.

O resultado é um planeta cada vez mais maltratado e poluído, com cada vez menos condições de dar sustentação à vida.

Eu não tenho árvores grandes em minha casa, pois meu jardim é pequeno e é o único lugar onde tem um pouquinho de terra para plantar. E gostaria, gostaria de ter uma grande área para plantar muitas árvores e cuidar bem delas.

Nem meus pés de jacatirão tenho mais, que morreram, quando viajamos, mas que floresciam lindamente. Tenho só um pé de manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, bem pequeno que planei recentemente e alguns pés de araçá, que podo sempre, embora produzam abundamentemente.

Tinha dois pés de mamão papaia, mas eu não colhia os frutos, deixava os mamões para os passarinhos que vêm cantar no meu jardim e nas minhas calhas, nas minhas janelas e no chão da minha cozinha.

Eles me fazem festejar o dia da árvore, eles me lembram da importância vital do verde para o ser humano e eu dava a eles as únicas frutas que posso ter no meu jardim: araçás e mamões.

E por falar em jacatirão, o manacá-da-serra, aquela variedade de jacatirão do inverno, que floresce em julho, ainda está florido por aí, fazendo companhia para os ipês, que estão cobertos de sol.

Já nem sei mais direito a época de florescência deles, dos ipês, com todo esse descompasso do tempo, resultado do nosso descaso para com o meio ambiente, que têm mudado tudo, inclusive as estações.

Dá gosto ver árvores majestosas como o ipê e o jacatirão exibirem suas flores e suas cores ao mesmo tempo e é uma coisa que não é normal, pois o manacá-da-serra floresce em julho, dificilmente alcançaria a florada do ipê.

E a nossa primavera entra, assim, ornada com as flores douradas do ipê, que irradiam luz, e as flores do jacatirão-manacá, que ainda persistem. Persistem, apesar do nosso descaso para com Mãe Natureza.

Como eu já disse em outra crônica, eu gosto de árvores. Gosto de muitas coisas: de um sorriso de criança, de um rio de águas claras, de flores, campos e praças. Gosto de natureza, simplicidade, pureza, de terra, mar e de sol.

E gosto muito de árvores. Gosto delas na primavera, no inverno, no verão e até no outono. Gosto do verde das árvores, gosto das cores das suas floradas, gosto da sua sombra, dos seus frutos.

Gosto de árvores pequenas, médias e grandes, símbolos da natureza. E parabenizo a todas elas, que nos dão tanto, a todos nós, até purificam o ar que respiramos e nós cuidamos tão pouco delas... 

Que não nos lembremos de refletir sobre o valor das árvores em nossas vidas apenas num dia do ano reservado a elas. Precisamos nos conscientizar que sem elas, não sobreviveremos neste planeta que já foi mais azul.

Se não protegermos nossas matas, nosso verde, a água desaparecerá e tudo virará deserto. E a vida não resiste em desertos. Todo dia é dia das árvores, é dia da vida.

* Luiz Carlos Amorim é escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 42 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras.

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