Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Primeiras impressões do novo presidente do TST assustam empresários

Primeiras impressões do novo presidente do TST assustam empresários

03/02/2023 André Almeida

A primeira entrevista do novo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lelio Bentes Correa, teve uma recepção fria e preocupante no mercado.

As falas do ministro sobre o vínculo empregatício do trabalho por aplicativos foi a primeira grande surpresa.

Mas o presidente da Corte Superior Trabalhista avançou e afirmou também que direitos trabalhistas não atrapalham a economia e não trazem óbice a novas vagas.

E mais, segundo o atual presidente “a justiça do trabalho é a que mais concilia em todo o país.” O presidente é oriundo do Ministério Público do Trabalho, onde ingressou em 1989, sendo nomeado para o TST em 2003.

Aparentemente, o ministro não parece perceber que regularizar os trabalhadores de aplicativos pode gerar uma fuga em massa das empresas deste setor, assim como irá provocar um custo muito maior para os empresários locais que utilizam essa mão de obra, o que certamente irá acarretar aumento de preços e perda de lucratividade.

Esse reconhecimento de vínculo entre empregado e as plataformas digitais (grandes players do mercado como Ifood, Uber, dentre outros) irá mudar o planejamento estratégico dessas grandes empresas e inclusive poderá inviabilizar o próprio modelo de negócios no Brasil.

Outro aspecto que gerou grande repercussão no meio empresarial foi a afirmação de que os direitos trabalhistas supostamente não atrapalhariam a economia brasileira, ignorando o fato de que a folha de pagamento pode representar entre 10% e 15% das receitas de uma empresa do comércio, chegando até a 20% no setor de serviços.

As grandes economias mundiais não possuem esse custo. Ainda que nas indústrias haja particularidades que devem ser analisadas (empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus, por exemplo, gozam de alguns benefícios que reduzem seu custo), as despesas com direitos trabalhistas, que envolvem o grau de tecnologia despendido em seu processo produtivo, jamais podem ser ignoradas e nem excluídas da conta final.

Nem mesmo a afirmação de que supostamente “a justiça do trabalho é a que mais concilia em todo o país”, se apresenta verossímil, já que o Ministro não aparenta levar em consideração o pano de fundo que envolve processos trabalhistas.

As aventuras jurídicas, criadas pelo simples fato de que o empregado não tem nada a perder, provocam processos em série.

Há casos clássicos, onde a mudança de endereço comercial da empresa, dentro da mesma cidade, provocou pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho sob a alegação de que tempo despendido no trânsito ficara maior. Esse foi um processo em que houve “conciliação”.

As frases do Presidente do TST se tornam preocupantes porque aparentam ignorar os custos do mercado produtivo, afugentam os empresários que movem a economia e certamente provocarão desemprego, perda de arrecadação e elevação de gastos públicos.

* André Almeida é advogado especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Almeida, Barretto e Bonates Advogados.

Para mais informações sobre trabalho clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada



Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans