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Os desafios e as tendências para o mercado fitness

Os desafios e as tendências para o mercado fitness

17/02/2023 Pedro Cruz

Após dois anos de incertezas provocadas pela pandemia da covid-19, as perspectivas para o mercado fitness, enfim, voltaram a melhorar.

No estudo “O novo mercado fitness”, colhemos informações de quase 800 clientes da base da Tecnofit e com isso pudemos entender esse novo momento.

Como visto, o setor veio de um cenário de crescimento que atingiu o faturamento de US$2,1 bilhões anualmente, para dois anos seguidos de queda, com 7,92% de recuo em 2021.

Em 2022, essa fatia de negócios voltou a crescer, performando 18,02% a mais, quando comparado a 2019, e 28,18% superior a 2021.

Ainda sobre os resultados e avanços dos últimos anos, vimos uma ascensão do PIX como modelo de pagamento.

Constatamos que a modalidade de pagamentos instantâneos é a terceira mais utilizada, atrás apenas do cartão de crédito e dinheiro em espécie. Já o volume de transações no débito diminuiu em 10%, ao passo que o PIX cresceu 10% a cada mês.

Além disso, a nova modalidade substituiu 59% dos TED/DOC. Esses dados são uma amostragem de mais de 4 mil empresas do ramo no Brasil ao longo de todo o ano de 2022.

Com esses números que mostram não apenas um aumento dos alunos ativos nas academias, como também mudanças significativas na parte financeira dos negócios, os desafios são muitos. E é justamente a questão financeira o primeiro passo que precisamos entender para esse próximo ano.

A gestão de muitos negócios ainda passa por recuperação, visto a crise enfrentada nos anos anteriores, e precisamos nos atentar, enquanto empreendedores, para não retomar práticas retrógradas e que podem prejudicar o atual momento de reestruturação.

Importante estarmos atentos também ao momento econômico que vivemos, o bolso pesou para os consumidores devido a alta inflação e o crédito no mercado ficou mais difícil e caro.

Outro ponto importante a ser considerado é que a concorrência está mais forte, principalmente quem passou pelo período pandêmico e precisou  profissionalizar sua gestão e ganhar performance para sobreviver, ou seja, tratam-se de negócios que foram forçados a crescer, e estão mais preparados por isso.

Além disso, o consumidor de certo modo está mais exigente. Estão preocupados com a saúde, e isso significa que as academias precisam prezar pela limpeza e proporcionar uma infraestrutura adequada.

Uma vez que pensamos no consumidor, vale a pena destacar que a percepção do público sobre a necessidade de exercícios físicos também mudou nos últimos anos.

Por qual motivo frequentar uma academia? Correr? Praticar pilates ou crossfit? A resposta deixou de ser apenas estética, de emagrecer ou ter um corpo ideal para o verão – um desafio já recorrente no mercado, a sazonalidade – para se tornar uma questão de saúde e qualidade de vida.

A covid-19 fez muitos entenderem a importância de uma vida mais saudável. A maior parte das pessoas que sofreram alguma consequência séria da doença, tinham comorbidades como diabetes, pressão alta, doenças cardiovasculares, entre outras.

São muitos os que entenderam que investir em saúde e bem-estar pode trazer inúmeros benefícios no longo prazo e nos blindar de consequências sérias frente às mais variadas doenças.

Com a sociedade mudando seu pensamento acerca das atividades físicas, o desafio é encantar esse potencial cliente.

Primeiro, se tratando do público de maneira geral, precisamos identificar oportunidades de entregar experiências únicas para os alunos, para que se sintam cada vez mais impulsionados em seguir em frente, como um aplicativo que dê mais autonomia para o cliente montar seus treinos e monitorar seus avanços, ações para motivá-lo, alguma forma de parabenizá-lo por tempos de casa etc. Isso, se tratando do público geral.

Quando falamos de frequentadores mais jovens, que têm ganhado mais espaço nas academias e estabelecimentos fitness, há detalhes que precisamos levar em conta. A geração Z representa 65% dos alunos de academias hoje.

Como uma geração que nasceu em um mundo tecnológico e conectado, é esperado que eles priorizem uma experiência que se adapte a essa aldeia virtual e que valorize a interação social.

Criar ações de marketing que “recompensem” o aluno por postar e engajar nas redes sociais, trazer histórias de valor para as páginas da empresa, para que o aluno se sinta conectado, são opções para conquistar esse pessoal mais jovem.

Com toda essa conectividade, o próprio consumidor se torna um agente do marketing da empresa, divulgando nas redes sociais, compartilhando com colegas e engajando.

E por fim, mas não menos importante temos a famigerada implementação da tecnologia nos negócios. De acordo com a 17ª edição da “Worldwide Survey of Fitness Trends for 2023″, pesquisa divulgada pela American College of Sports Medicine, os wearables, ou tecnologias vestíveis em português, serão a principal tendência para este ano.

Equipamentos como relógios inteligentes, monitores de frequência cardíaca e dispositivos de rastreamento GPS, incluindo tecnologia que pode monitorar o coração, calorias, tempo sentado, sono e muitas outras coisas estão ganhando cada vez mais espaço entre os adeptos de atividades físicas, e é imprescindível que os estabelecimentos fitness estejam aptos a lidar com todo esse aparato tecnológico.

Como vimos, os desafios são muitos: entender as mudanças no setor financeiro, estudar o novo público dominante nas academias e suas necessidades, recuperar os clientes antigos ou que só fizeram aulas experimentais.

O bom gestor precisa ter um amplo conhecimento sobre vários aspectos do negócio para se diferenciar no mercado em 2023.

Como já é sabido, aquele que domina seu nicho de atuação tem muito mais chances de se destacar em meio aos concorrentes. E para nós, estudar e estar por dentro das novidades do mundo fitness nunca se fez tão necessário.

*  Pedro Cruz é COO da Tecnofit, plataforma de gestão focada no segmento fitness e bem-estar.

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Fonte: Seven PR



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