Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Deficiência: uma avaliação biopsicossocial

Deficiência: uma avaliação biopsicossocial

13/04/2023 André Naves

A deficiência não é uma característica relativa à pessoa, mas sim às estruturas sociais.

A verdadeira deficiência reside nas estruturas exclusivistas que foram construídas ao longo do tempo e que negam a plena participação de pessoas com deficiência na sociedade.

É fundamental reconhecer as capacidades das pessoas com deficiência, que são impedidas de exercer seu potencial devido às barreiras impostas pelas estruturas sociais.

Dessa maneira, a deficiência não é apenas relacionada a uma condição médica específica, mas sim ao convívio cotidiano com barreiras e obstáculos.

Essas, podem ser originárias dos preconceitos mais diversos, incluindo aqueles relacionados à diversidade funcional.

Infelizmente, o senso comum ainda é defasado e eivado de vieses inconscientes. Persiste a visão de que a deficiência é um problema médico, quando na verdade ela é muito mais complexa do que isso.

A essencialidade da deficiência está na análise das funcionalidades individuais, ou seja, na interação das características pessoais com as estruturas sociais.

Para entender melhor a situação, é importante analisar não apenas os aspectos biológicos e psíquicos das pessoas com deficiência, mas também suas funcionalidades. Isso significa considerar a interação das características individuais com as estruturas sociais existentes.

Em última análise, a verdadeira deficiência está nas estruturas sociais exclusivistas que negam a plena participação de pessoas com deficiência na sociedade.

É preciso reconhecer que a pessoa com deficiência enfrenta barreiras e obstáculos à sua plena inclusão social, e trabalhar coletivamente para reformar essas estruturas.

Portanto, é preciso romper com o modelo de sociedade que exclui as pessoas com deficiência e construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva e justa, onde a diversidade é valorizada e respeitada, ganhando o merecido protagonismo. Somente assim poderemos alcançar a plena inclusão e justiça social para todos.

Essas estruturas, entretanto, devem ser moldadas pela ação individual, e nunca impostas parcialmente pelos poderes públicos.

Resumindo, isso não pode ser imposto parcialmente pelos poderes públicos. A mudança deve ser uma ação individual, que se expande para a sociedade como um todo.

Cada indivíduo deve assumir a responsabilidade de reformar as estruturas sociais exclusivistas e lutar pela inclusão plena de pessoas com deficiência na sociedade.

* André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

Para mais informações sobre pessoas com deficiência clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada



Solidariedade: a Luz de uma tragédia

Todos nós, ou melhor dizendo, a grande maioria de nós, está muito sensibilizado com o que está sendo vivido pela população do Rio Grande do Sul.

Autor: Renata Nascimento


Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray