Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A incorporação de certificações com foco em ESG no setor de tecnologia

A incorporação de certificações com foco em ESG no setor de tecnologia

18/06/2023 Carlos Salata

A preocupação com a sustentabilidade e responsabilidade social tem ganhado, nos últimos anos, um amplo destaque nos mais diversos setores da economia.

Na tecnologia, isso não é diferente e, portanto, as certificações com foco em pautas da agenda ESG (ambiental, social e governança) se tornaram imprescindíveis para o mercado.

Para se ter uma ideia, um levantamento da EY nos indica que 78% dos investidores entrevistados acreditam que as empresas devem fazer investimentos que abordem questões ESG relevantes para os seus negócios – mesmo que isso reduza os lucros no curto prazo.

Primeiramente, é importante ressaltar que o setor de tecnologia é um dos que mais crescem no mundo e, ao mesmo tempo, um dos que mais possuem responsabilidade por dados, energia e recursos naturais.

Por essa razão, é necessário que as empresas de tecnologia, como provedores de data centers, adotem práticas sustentáveis para reduzir, de forma significante, o impacto ambiental de suas atividades.

Em vista disso, de acordo com uma previsão do Gartner, 70% dos líderes de fornecimento de tecnologia terão objetivos de desempenho alinhados à sustentabilidade ambiental até 2026.

As principais certificações e parcerias no setor

No campo de sustentabilidade ambiental, as principais empresas globais de tecnologia participam de parcerias que visam frear, de forma colaborativa, os impactos ambientais e as mudanças climáticas.

Nesse sentido, é possível mencionar o Acordo Climático iMasons (ICA) e a Science Based Targets Initiative (SBTi), que são dois grandes exemplos de iniciativas para tornar sustentáveis as operações de data centers – que costumam consumir uma grande carga de energia.

Outra medida que vem sendo bastante adotada por empresas de infraestrutura de TI é a adoção de certificações como a ISO 14001.

Voltada à sustentabilidade ambiental, essa certificação contempla um conjunto de normas internacionais que indicam os requisitos para a implementação de um sistema efetivo de gestão do meio ambiente.

Em outras palavras, ela tem como objetivo principal garantir que as organizações certificadas estejam habilitadas para o desenvolvimento contínuo de ações e técnicas ambientalmente sustentáveis em seus negócios.

Já quando falamos em promover sustentabilidade, não podemos deixar de lado a segurança e a saúde do trabalho. Por esse ponto de vista, a ISO 45001 apresenta a finalidade de auxiliar as organizações a minimizar os riscos nos locais de trabalho.

Em infraestruturas de TI, como nos centros de dados, essa gestão de segurança e saúde do trabalho é primordial e deve ser considerada desde a construção dos prédios até o cotidiano das operações.

Como essas certificações devem ser implementadas na prática?

Em um cenário que as companhias de tecnologia têm um grande poder de influência no meio ambiente e na sociedade, é preciso que elas estejam cientes desse impacto e invistam, de fato, nessas ações de ESG.

Há muitas empresas que possuem essas certificações – e são, inclusive, listadas na bolsa de valores – mas não praticam realmente essas ações em seu dia a dia. De certo modo, utilizam essas certificações apenas para disfarçar ou encobrir os resultados de suas atividades.

O grande ponto é: as organizações devem utilizar as certificações como forma de garantir o cumprimento de um papel social que contribua verdadeiramente para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

Pois bem, existem acordos setoriais que auxiliam as empresas nesse processo, definindo regras para prevenir questões como suborno e corrupção – muitas vezes com um rigor superior ao que é exigido por legislações.

Já no que diz respeito à governança, as certificações com foco em ESG, também são importantes para garantir a transparência e a ética nas práticas de gestão das empresas de tecnologia.

Ultimamente, muito se diz que uma governança adequada é fundamental para promover um sucesso a longo prazo às empresas, e isso é inegável.

A adoção de práticas sustentáveis e socialmente responsáveis pode contribuir para a construção de uma imagem positiva e confiável para as empresas.

Em contrapartida, ressalto sempre que essas certificações não são apenas uma questão de responsabilidade social ou imagem corporativa, pois elas podem ter um impacto positivo nos resultados financeiros das organizações.

Além disso, também fazem com que as empresas de tecnologia cumpram o seu papel social e, consequentemente, promovam a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

É importante que o mundo da tecnologia se conscientize sobre a importância das certificações e trabalhem para adotar práticas sustentáveis e socialmente responsáveis em suas atividades – e não apenas as utilizem como forma de promover uma imagem “maquiada” de suas atividades.

Isto posto, o meio ambiente agradece à minimização dos impactos que as operações da indústria de tecnologia apresentam e a sociedade ganha como um todo.

* Carlos Salata é Gerente de Qualidade da ODATA.

Para mais informações sobre ESG clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Sing Comunicação de Resultados



Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans