Portal O Debate
Grupo WhatsApp

As mídias sociais e os pseudodiagnósticos

As mídias sociais e os pseudodiagnósticos

21/07/2023 Roberta Alonso

Tem chegado para atendimento, uma certa demanda que tem me gerado curiosidade.

São pessoas que procuram atendimento neuropsicológico depois de consumir conteúdo das redes sociais, feitos por não especialistas no assunto.

Geralmente os produtores desses conteúdos se descrevem com tais diagnósticos e os explicam com base em seu próprio cotidiano.

Você já se distraiu durante uma explicação? Já perdeu ou esqueceu coisas? Já disse que não ia usar o cartão de crédito naquele mês e de repente sua loja favorita entrou em promoção e não deu para segurar?

Já se sentiu ansioso por algo que ia acontecer? Já fez lista de pendências mentalmente enquanto conversava com alguém e sorriu sem entender nada do que foi dito?

Imagino que todos nós já passamos por isso e nem por isso é possível que todos tenhamos o diagnóstico de TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade ou mesmo ansiedade.

Diagnóstico é coisa séria e não é feito com base em experiências pessoais. Diagnóstico precisa cumprir critérios, que entre tantas coisas, precisa trazer prejuízos reais devido sua frequência e intensidade.

Obter um diagnóstico dá sentido às queixas, tem o poder de direcionar tratamento e trazer qualidade de vida, clareia caminhos e organiza funcionamento.

Diagnóstico une equipes profissionais em sentido único com intervenções globais. Definitivamente, não é aleatório.

Uma das coisas mais gratificantes da minha atuação é a troca interdisciplinar que acontece para fechar um diagnóstico.

Direcionar um tratamento que potencializa resultados é um presente! Ver uma evolução então, é daquelas coisas inexplicáveis.

Diagnóstico mal feito a partir de evidências erradas, pode inclusive neutralizar uma força importante no tratamento: a autorresponsabilidade.

“Ter” algo não é uma sentença, porque apesar de ter é possível evoluir. O esforço é quase nulo quando o “ter” vira o protagonista da história.

A internet aceita qualquer coisa de qualquer pessoa. Em milésimos de segundos temos acesso a muita informação sobre tudo, mas filtrá-las exige esforço cognitivo e isso já leva tempo e sabemos o que acontece.

É preciso ao menos ter um cuidado inicial com o conteúdo que consumimos, principalmente sobre quem o produz.

Posso ser simplista na ideia, mas enquanto conteúdos superficiais surgem aos montes nas redes, os especialistas estão atendendo incansavelmente as pessoas que acreditam ter algo e como o dia tem apenas 24h, não sobra tempo para combater tantas informações erradas.

Fique atento.

* Roberta Alonso é psicóloga e neuropsicóloga infantojuvenil.

Para mais informações sobre diagnósticos clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Literare Books



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento