Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Cidades Digitais: um projeto que já deveria ter saído do papel

Cidades Digitais: um projeto que já deveria ter saído do papel

07/09/2013 Marcos Sakamoto

Que o uso crescente das tecnologias de comunicação e informação leva muitos benefícios para a qualidade de vida da população é algo praticamente inquestionável.

Conhecimento e obtenção de informações tornaram-se componentes valiosos para a geração de valor econômico, cultural e social. O cidadão que não está conectado, atualmente, fica defasado em relação aos outros. Nesse contexto, uma administração pública que se preocupe com seus cidadãos tem a missão de desenvolver e implantar programas de governo coordenados e articulados, visando a inclusão digital e, em consequência, social dos indivíduos.

Mais do que simples postos de acessos, deve-se evoluir em direção a um conceito de Cidade Digital. É muito comum associar o termo Cidade Digital ao fato de o município disponibilizar o sinal de "internet gratuita" ou até à construção de telecentros. A construção de cidades digitais, no entanto, vai muito além e passa, basicamente, por cinco dimensões:

1 - Universalização do acesso, ou seja, internet rápida e espalhada por toda a cidade e não apenas em pontos de grande circulação;

2 - Serviços públicos 100% online, nos quais o cidadão possa ter acesso aos serviços sem precisar perder horas em filas;

3 - Dados governamentais abertos, de modo a fazer com que cidadãos se engajassem no processo, dando origem a um ambiente de cooperação na gestão pública;

4 - Ferramentas para registro de problemas, demandas e construção de comunidades de colaboração em torno de questões públicas;

5 - Infraestrutura adequada, com um ambiente colaborativo de produção e operação, que garanta a segurança e sigilo dos dados.

As duas primeiras ações ainda parecem dominar a atenção dos políticos, até porque proporcionam a construção da infraestrutura básica e trazem benefícios diretos e rápidos aos cidadãos. Porém, antes mesmo de ser colocada em prática essas cinco ações, é preciso que se tenha alicerçado outros dois aspectos importantes nos municípios: a inclusão digital e a modernização da gestão pública.

Segundo pesquisa realizada por um professor e um aluno da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), o Brasil tem a segunda maior média de preços da banda larga entre 15 países. Segundo o estudo, o brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para bancar uma conexão de 1 Mbps. Já no que se refere à modernização da gestão pública, os sistemas computacionais precisam ser integrados de forma que todos eles possam ser aplicados em toda a rede de atendimento ao cidadão.

Tal necessidade exige uma estrutura de rede e disponibilidade de serviços e aplicações que dependem de infraestrutura computacional e planejamento dos municípios. A julgar pela falta de habilidade com que os representantes públicos estão lidando com as recentes manifestações iniciadas justamente pela internet, se chega à conclusão que agilidade e proatividade, características preponderantes na internet, ainda não fazem parte do cotidiano dos responsáveis por tirar do papel o projeto de digitalização das cidades.

*Marcos Sakamoto é presidente da Assespro-SP.



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento