Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Reestruturação financeira, crise e a grande oportunidade

Reestruturação financeira, crise e a grande oportunidade

16/08/2016 Dr. Luiz Cláudio Isaac Freire e Dr. Jason Ribeiro Pimentel

A crise econômica tem motivado uma série de notícias sobre empresas em dificuldades financeiras.

Reestruturação financeira, crise e a grande oportunidade

A maioria dessas organizações adotam, neste momento, um discurso parecido ao justificar determinadas condutas, como o corte de pessoas e o não cumprimento de suas obrigações legais e financeiras pelo cenário adverso, pela alta dos juros e pelos custos de produção mais altos, além da alta carga tributária.

Não há de se discordar que todos esses fatores apontados tornam a vida dos empresários um verdadeiro caos. Por não vislumbrarem as opções viáveis para reorganizar seus negócios, os empresários, muitas vezes, se veem forçados a tomar decisões que acabam impactando muito negativamente nas suas atividades.

Desta forma, muitos se valem de artifícios arriscados para garantir, de alguma forma, a continuidade de seus negócios. Não há de se discordar que alguns ajustes são necessários para a sustentabilidade de um negócio em um cenário de custos altos, dinheiro mais caro e escassez de vendas.

No entanto, a utilização de determinadas práticas, aliada à falta de decisões estratégicas e reposicionamento de mercado, acabou por criar uma percepção pouco positiva em relação às organizações que se encontram em reestruturação ou recuperação.

Trata-se de uma herança cultural que levará anos para ser desfeita em nossa sociedade, resultante dos sucessivos ciclos econômicos, ora de retração, ora de crescimento, em nosso país. O processo de reestruturação de uma empresa em crise econômico-financeira exige um profundo estudo do seu negócio nos níveis estratégico, operacional e financeiro, com o objetivo de obter um preciso diagnóstico e, assim, identificar as causas que a levaram a este estado.

Durante os últimos anos, atuando na reorganização e reestruturação de empresas, vimos percebendo em todos esses ambientes organizacionais alguns fatores diferenciais e determinantes para a evolução da fase de crise para a estabilidade e consequente retomada do crescimento.

O principal deles é a sua conduta clara e responsável para com os seus clientes, seus fornecedores e para com os demais públicos envolvidos. Em seguida, a detecção e utilização precoce, no início da crise de forma a facilitar a reestruturação financeira da empresa e impor menores sacrifícios aos seus stakeholders.

Isto porque, é certo, quanto mais cedo a crise é enfrentada, utilizando-se os mecanismos adequados, maiores são as possibilidades de sucesso e menores tendem a ser os impactos negativos para os envolvidos. Ou seja, não adianta apenas se valer de uma ciranda de argumentos para justificar a inadimplência junto aos fornecedores, o não pagamento aos credores em função da crise ou as demissões.

Se a sua empresa passa por dificuldades financeiras, como tantas que temos ajudado ultimamente, vai uma dica: defina sua prioridade. A partir daí, converse, negocie e empenhe a sua palavra com seus fornecedores, credores e funcionários.

Honrando com os acordos e com um planejamento financeiro realista e possível, o empresário contribui não somente para a recuperação de seu negócio, mas a retomada de todo o sistema econômico. Na crise, a grande oportunidade é fazer valer acordos duradouros e vantajosos para ambos.

Assim, no futuro, quando a economia voltar a crescer, as organizações que tiverem se valido dessa inteligência empresarial serão recompensadas, pois terão conquistado a tão almejada credibilidade de mercado. Aqui, torna-se necessário ressaltar que toda empresa pode ser reestruturada e transformada a qualquer tempo, a partir do momento que aparecem os primeiros sintomas da crise financeira.

* Luiz Cláudio Isaac Freire é advogado especialista em reestruturação de empresas e renegociação de passivos bancários, sócio do escritório Moisés Freire Advocacia.

* Jason Ribeiro Pimentel é perito contador, especialista em reestruturação de empresas e sócio do escritório Moisés Freire Advocacia.



Um mundo fragmentado

Em fevereiro deste ano completaram-se dois anos desde a invasão russa à Ucrânia.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Leitores em extinção

Ontem, finalmente, tive um dia inteiro de atendimento on-line, na minha casa.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Solidariedade: a Luz de uma tragédia

Todos nós, ou melhor dizendo, a grande maioria de nós, está muito sensibilizado com o que está sendo vivido pela população do Rio Grande do Sul.

Autor: Renata Nascimento


Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.