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Leia muito. O conhecimento transforma

Leia muito. O conhecimento transforma

01/11/2017 Kie Kume

A leitura é ferramenta essencial na aprendizagem e para o desenvolvimento do cérebro.

Ela faz pensar. Intelectuais, autores e educadores ao longo da história falaram de sua importância – como Francis Bacon ("A leitura faz o homem completo; a conversa, ágil; e o escrever, preciso"); Miguel de Cervantes ("Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito"); Mário Vargas Llosa ("Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias"); e muitos, muitos outros.

O nosso inesquecível Paulo Freire, autor de A importância do ato de ler, afirma que “é preciso que a leitura seja um ato de amor”. E o autor japonês Ryuho Okawa, ao comentar em um de seus livros (Ame, Nutra e Perdoe) o tipo de educação que os pais podem oferecer aos filhos, enfatiza a importância de “ensiná-los sobre o espírito que existe por trás de cada treinamento, ou seja, a importância da atitude de procurar superar as próprias limitações e se tornar um ser humano magnífico”.

É o conhecimento que transforma. Ao observar o ambiente em que crescem hoje as crianças, percebe-se o desafio que é para os pais e professores desenvolver nelas o hábito da leitura. A multiplicidade de opções de entretenimento tende a afastar as crianças dos livros. O desenvolvimento nelas do interesse por boas histórias infantis deve vir junto com a alfabetização e ser permanentemente estimulado.

É essencial que esse hábito seja cultivado em casa, sob orientação dos pais, como alternativa ao tempo dedicado à televisão e ao celular – dois canais em que a criança mergulha antes mesmo de ser alfabetizada.

Na passagem do ensino fundamental para o ensino médio, é essencial que o mestre seja um guia seguro no pleno despertar para o mundo da literatura nacional e estrangeira, esta atrelada ao domínio de outras línguas.

Para a formação de cidadãos completos, com conhecimento capaz de transformar o mundo e o próprio país, é também essencial que o estudante saiba aliar a leitura de temas técnicos e científicos de seu interesse ao conhecimento da história e geografia, de correntes sociológicas e filosóficas passadas e contemporâneas, sem ignorar outros gêneros, como romances, obras de ficção, suspense e autoajuda.

Imagine como o Brasil seria diferente se todos os estudantes cultivassem o hábito da leitura. Mais e mais pessoas com conhecimento transformador surgiriam e não haveria a carência de lideranças que existe hoje. É necessário que o hábito da leitura seja cultivado em todos os lugares e estratos sociais.

Por último, também deve ser estimulado entre nossos estudantes o hábito de acompanhar o noticiário nacional e internacional, através da leitura crítica de jornais e revistas e de publicações nas mídias sociais. Muitas mentiras (chamadas de fake news) são publicadas hoje em meio ao noticiário sobre política, economia, meio ambiente, conflitos, globalização, minorias etc.

É preciso haver uma alfabetização midiática (media literacy), desenvolvendo o senso crítico diante dos acontecimentos, das correntes de pensamento e dos problemas sociais e mundiais. Esse senso crítico, aliado ao domínio da língua, também será fundamental na hora de escrever um texto ou fazer uma redação.

Um recadinho final: o hábito da leitura deve nos acompanhar ao longo de toda a vida, em qualquer profissão, em qualquer situação, em qualquer idade. Quem lê muito sabe mais. A leitura alimenta o cérebro e a alma. Em seu livro Think BIG, Ryuho Okawa fala que as sementes de pensamentos plantadas no coração determinam o futuro.

* Kie Kume é gerente da editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho Okawa.



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