Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O valor do Pró-Ética e do compliance

O valor do Pró-Ética e do compliance

31/12/2017 Jefferson Kiyohara

O selo "Pró Ética" é um diferencial às empresas, que vai além de esforços puramente marqueteiros.

Num momento em que o combate à corrupção se fortalece, consequência da Operação Lava-Jato, uma iniciativa inovadora como o selo "Empresa Pró-Ética" precisa ser mais valorizada.

A ação, promovida pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União (CGU), com apoio de entidades como Instituto Ethos, IBRACON, ETCO e outros, promove uma abordagem educativa e preventiva, um grande diferencial a favor do Brasil.

No mundo, as autoridades públicas tipicamente atuam de modo reativo através de um papel regulador, fiscalizador e sancionador, punindo empresas e pessoas por crimes financeiros, como corrupção, lavagem de dinheiro e outras ações ilícitas.

O Empresa Pró-Ética, por outro lado, age antes de qualquer crime ser cometido, e busca criar condições para que ele não aconteça, ou ao menos seja rapidamente detectado e os responsáveis identificados. Isto porque é uma ação que incentiva a estruturação da gestão do compliance, bem como a fomentação de uma cultura de ética empresarial e conformidade.

Outro ponto a favor do Pró-Ética reside no fato de ser uma iniciativa democrática por permitir que organizações dos mais diversos perfis possam participar. Na edição de 2017, 23 empresas de portes diferentes e geografias distintas foram reconhecidas neste mês de dezembro. Essa amplitude reforça a acessibilidade para as organizações de todo o país. É importante deixar claro que o Pró-Ética não é um objetivo em si.

Ser reconhecido é consequência de um trabalho árduo que demanda minimamente alguns anos para a construção de um programa de compliance efetivo e a formação de uma cultura corporativa galgada na ética. Ou seja, estruturar um Programa de Compliance efetivo é a meta real a ser perseguida pelas organizações, uma vez que o compliance ajuda a promover os negócios, reduzir as fraudes e perdas, além de proteger a reputação.

Trata-se de um caminho sem volta, com muitos benefícios, pelo qual a sua empresa pode percorrer em 2018, seja dando os primeiros passos, seja evoluindo de patamar. Já para as empresas que implantaram um Programa de Compliance efetivo e possuem um histórico, talvez seja o momento de buscar um reconhecimento público como o Pró-Ética.

E que o fortalecimento da cultura ética e de conformidade continue em 2018, e permeie o ambiente de negócios no Brasil, cada um fazendo a sua parte.

* Jefferson Kiyohara é líder da prática de riscos & compliance da Protiviti, consultoria global especializada em Gestão de Riscos, Auditoria Interna, Compliance, Gestão da Ética, Prevenção à Fraude e Gestão da Segurança.



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento