Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A tragédia educacional e os riscos às próximas gerações

A tragédia educacional e os riscos às próximas gerações

03/04/2018 Celso Luiz Tracco

Nossa qualidade de ensino é muito baixa.

O Brasil tem ao menos três graves problemas estruturais: uma baixa qualidade escolar; uma enorme desigualdade social e o gigantismo da máquina pública. Neste artigo trataremos da baixa qualidade escolar.

Apesar dos reconhecidos esforços de vários governos em um passado recente, investindo em campanhas para evitar evasão escolar, colocar mais alunos nas escolas, propor novos curriculums escolares, aumentarem as horas de permanência dos alunos em escolas públicas, buscarem uma modernização dos métodos de ensino, um fato persiste: nossa qualidade de ensino é muito baixa.

Em recente estudo largamente divulgado, o Banco Mundial chegou a conclusão, analisando os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) por vários anos, que o Brasil demorará 260 anos - exatos, 260 anos - para alcançar a proficiência em leitura e 75 em matemática, comparando-se com os atuais níveis dos países desenvolvidos.

Mesmo na hipótese desses dados serem contestados, a nossa desigualdade é abissal e por si só, uma vergonha. O Brasil nunca teve uma efetiva política de governo voltada para a educação básica, quer seja estadual ou municipal, as esferas de governo encarregadas desta etapa da educação.

Seria muito lógico que a educação infantil (creche e pré-escola) e o ensino fundamental (9 anos de estudo), fossem responsabilidades dos municípios. A criança deveria estudar o mais perto de sua casa possível. Mas nossos municípios estão aparelhados para isso? O governo federal a partir de Ministério da Educação, deveria ter um rígido programa de fiscalização escolar em todos os municípios brasileiros.

Caso as metas estipuladas não fossem atingidas o município deveria perder sua autonomia administrativa, ter uma intervenção. Simples assim. A escola básica deveria ser prioridade de governo absoluta. Os professores deveriam ter um preparo adequado e ter condições adequadas para o seu magistério. E este desempenho deveria ser sempre mensurado e cobrado.

Por outro lado, um professor deveria ganhar sempre mais do que um vereador; afinal, ele, o professor, lida com o componente social mais importante da nação: o futuro. Talvez assim consigamos reduzir aquele tempo que nos separa do desenvolvimento. Claro que parece difícil de acontecer, no entanto se acreditarmos nesse sonho, ele se tornará realidade.

Façamos uma revolução silenciosa, vamos inundar as redes sociais falando do descaso com a educação. Façamos petições aos congressistas pedindo que a educação seja a prioridade de qualquer governo. Se nós não mudarmos, nada mudará e estaremos condenando as futuras gerações a um atraso sem fim.

* Celso Luiz Tracco é economista e autor do livro Às Margens do Ipiranga - a esperança em sobreviver numa sociedade desigual.

Fonte: Márcio Santos



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento