Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O fato, a notícia e a análise

O fato, a notícia e a análise

03/04/2019 José Pio Martins

Novos desafios se impõem para os veículos de comunicação e os comunicadores.

Dois fatores, entre outros, contribuem sobremaneira para a situação atual no mundo das informações e das opiniões: o tamanho da população mundial (7,65 bilhões de habitantes) e a explosão das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação.

Desde o surgimento da impressão em papel, após a invenção da prensa móvel por Gutemberg em 1440, passando pelo rádio e pela televisão, o mundo vem presenciando rápida expansão nas inovações tecnológicas e na variedade de veículos de divulgação de texto, som e imagem, desembocando nos atuais meios via computador, telefonia celular, internet, redes sociais etc.

A facilidade com que tudo é fotografado, filmado, gravado, divulgado e analisado em tempo real, aliada à multiplicidade de meios e canais, sobretudo após o aparecimento das redes sociais, mudou a lógica da relação entre o fato, a notícia, a opinião e a percepção popular do que acontece em todos os campos da natureza e da vida humana.

Sem o predomínio de um único meio e sem monopólio de qualquer veículo, as relações entre o fato, a notícia, a análise e a percepção popular vêm mudando radicalmente, o que impõe atualização dos padrões de ação sobre toda essa cadeia.

Assim, desafios novos se impõem para os veículos de comunicação e os comunicadores. Entenda-se por “comunicador” qualquer pessoa que se expresse por algum veículo. Pode ser um jornalista, um cientista, um professor, um escritor, um intelectual, enfim, qualquer um que tenha acesso a um público distante de seus olhos.

Um fato acontece e a informação é divulgada, com ou sem análise, opinião e interpretação segundo as crenças e conhecimentos do intérprete. No mais das vezes, ao fato e às informações objetivas seguem-se análises, opiniões, interpretações e previsões, tanto por jornalistas quanto por políticos, especialistas ou mero opinante público.

Atualmente, parece terem mais chance de atrair público e garantir seu nicho os veículos, os jornalistas e os comunicadores que deixarem claras suas crenças, sua ideologia e sua linha de pensamento. Tendem ao prejuízo e ao descrédito os que se dizem isentos e não influenciados por suas crenças, opção política e ideologia

 Ninguém é totalmente isento em relação ao mundo, aos fatos, às ideias e aos  acontecimentos. Logo, sobretudo na análise e opinião sobre os fatos, para além de seus aspectos meramente materiais e objetivos, é melhor para os veículos e os comunicadores que tentem convencer pela lógica de seus argumentos e extensão de seus conhecimentos, deixando claro quais suas crenças e seu lado.

No Brasil, órgãos de imprensa e profissionais da comunicação que tentaram convencer de sua total isenção começaram a cair no descrédito, a perder prestígio e, por consequência, a perder clientes. Admitir, em seu espaço, as  ideias contrárias é uma atitude inteligente e necessária, pois o conhecimento cresce diante do confronto de hipóteses.

Isso é outra coisa, e é bom. Esse processo foi acelerado pelo surgimento de enorme variedade de canais de comunicação, especialmente as redes sociais, propiciado pela explosão de novas tecnologias e muitas inovações.

Novos desafios aí estão. O modo de enfrentá-los exige, de saída, conhecê-los. O inventor, futurista e escritor Buckminster Fuller (1895-1983) nos disse: “Você não pode desviar-se de coisas que não vê movendo-se em sua direção”.

O melhor é procurar ver e entender os novos tempos e, depois, adaptar-se para sobreviver.

* José Pio Martins é economista e reitor da Universidade Positivo.

Fonte: Central Press



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento