Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Evidências de que os eventos presenciais estão cada dia mais próximos

Evidências de que os eventos presenciais estão cada dia mais próximos

16/12/2021 Mônica Schimenes

Talvez muitos não saibam, mas o mercado de eventos no Brasil, incluindo os setores de cultura, esportes, entretenimento e negócios, movimenta cerca de R$ 936 milhões por ano, o que representa 13% do PIB brasileiro.

Além disso, os empregos diretos e indiretos gerados com a realização dos eventos é imenso. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae em abril do ano passado apontou que a pandemia afetou 98% do setor no país e a percepção de mais da metade dos entrevistados era de que o faturamento seria reduzido de 76% a 100%.

A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) indicou, através de um levantamento no início deste ano, que mais de 450 mil empregos na área foram perdidos com o confinamento.

Mas, com o avanço da vacinação, a liberação dos eventos presenciais em São Paulo em agosto e a divulgação de datas para eventos corporativos, feiras e de entretenimento, o mercado demonstra que está voltando.

Com mais de 50% da população com a vacina em dia, eventos-teste estão ocorrendo para mostrar se a população está preparada para o retorno do presencial, além de analisar se os protocolos de segurança são realmente efetivos.

A Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) divulgou um levantamento com 80 eventos presenciais confirmados até dezembro deste ano.

Como CEO de uma agência de eventos e marketing especializada em atender multinacionais, percebo que o receio da segurança é o que mais impacta a retomada do presencial, principalmente quando falamos em empresas globais, pois são regidas pela matriz e a realidade dos países é diferente, dificultando o desenvolvimento de ações locais.

Os corajosos vão saindo na frente, analisam as medidas de segurança necessárias e investem no futuro do mercado. No cenário internacional já é possível observar o retorno dos eventos presenciais em grande escala.

Um dos principais acontecimentos do mundo da moda, o Fashion Week, aconteceu na cidade de Paris no formato presencial, entre 28 de setembro e 06 de outubro, e contou com, aproximadamente, cinco mil pessoas reunidas por dia, entre elas celebridades, modelos e estilistas de renome.

Outro exemplo é o Web Summit, uma das maiores conferências anuais de tecnologia do mundo. Na edição de 2021, o evento tinha a expectativa de receber 10 mil pessoas, mas superou a meta com mais de 40 mil participantes, em grande maioria mulheres.

No mês de setembro, os shows retornaram e grandes artistas da música voltaram a fazer apresentações e tours, como a banda Aerosmith, que começou a turnê de 50 anos pelos EUA.

Os espetáculos da Broadway também retornaram em setembro deste ano e até o Lollapalooza Chile 2021 já tem data marcada para novembro.

Essa retomada não é apenas das ações em si, mas também da bolsa de valores e vai acontecendo de maneira fluída.

Vale ressaltar que no último dia 1º, depois de quase 600 dias, as restrições de público e horário para conter o coronavírus deixaram de ser obrigatórias.

A Expo Retomada 2021, organizada pelo Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Prefeitura de Santos, para estudar a viabilidade do retorno das feiras de negócios reuniu mais de 1.400 pessoas em dois dias de evento presencial.

O Business Show, feira da indústria dos eventos corporativos, incentivos, congressos e feiras, também fez a sua 19ª edição no formato presencial no final de outubro.

As edições presenciais neste ano tiveram resultados muito bem-sucedidos e mostraram que é possível preparar e executar as ações com prudência dentro das opções que temos.

A segurança é de extrema importância para essa retomada e a responsabilidade é da equipe organizadora do evento. Para manter os participantes seguros, há diversas alternativas e protocolos indicados.

Em primeiro lugar deve-se entender os protocolos de saúde da própria empresa que está realizando o evento e torná-los efetivos dentro da ação.

Além disso, exigir o comprovante de vacinação, realizar testes de Covid antes do check-in e determinar o uso obrigatório de máscaras são cuidados fundamentais para proteger os convidados e colaboradores.

Esse movimento de retorno vai gerar muitos empregos que foram perdidos nos últimos dois anos, afinal, o networking que envolve a realização de um evento é enorme.

São companhias aéreas, hotéis, pousadas, fornecedores de diversos serviços e produtos, ou seja, com todos esses setores novamente em movimento, a economia do Brasil melhorará muito.

Além do mais, trará o que a sociedade mesmo com um certo receio, tanto deseja: olho no olho e contato humano nas experiências.

Quando estamos em um evento online, o nosso foco pode ser influenciado com muita facilidade, afinal, em frente a uma tela tudo pode acontecer: o telefone toca, chega um e-mail importante, o filho chama em outro cômodo da casa, enfim, diversas são as situações que podem influenciar na atenção do espectador.

Já no evento presencial, a preparação começa cedo. Pensamos no conforto da roupa e sapato que usaremos, escolhemos um bom lugar para sentar e assistir a palestra, observamos os participantes e fazemos novas amizades com pessoas com vivências similares às nossas e, consequentemente, prestamos mais atenção no conteúdo. Ou seja, a mensagem é transmitida de forma enfática ao ouvinte.

Claro que as experiências online e híbridas ficarão, é o momento do ‘omnichannel’. Tudo vai acontecer em diversos canais, mas cada um com a performance mais adequada para a transmissão da mensagem desejada, a fim de conseguir o melhor desempenho para a ação idealizada.

Muitos aprendizados do online vão fortalecer os eventos presenciais. Melhoramos muito a qualidade do que tínhamos, principalmente de transmissões audiovisuais e produção de conteúdo multimídia.

A capacitação para manusear os avanços tecnológicos para as apresentações fará toda a diferença nesse retorno.

Os bares estão lotados, assim como os restaurantes, pontos turísticos e aeroportos. As pessoas demonstram o desejo pelo retorno, mas querem a garantia da segurança, é claro.

Em todos os eventos presenciais que a minha agência realizou neste ano, testamos os participantes e não houve nenhum tipo de registro de transmissão do vírus em nossas ações. O mesmo fator também pode ser observado em outros eventos-teste ao redor do Brasil e do mundo.

Quando houver dúvida se será possível garantir a segurança de todos os participantes em um evento presencial, deve-se optar pelo formato híbrido ou online.

O budget também será um ponto de atenção na hora da tomada de decisão das empresas para planejar os encontros.

Mas, caso a organização queira garantir a melhor experiência do seu consumidor e entregar o tão desejado ‘olho no olho’, deve-se apostar no presencial novamente sem medo, mas com muito planejamento e responsabilidade para garantir a segurança de colaboradores e participantes.

* Mônica Schimenes é fundadora e CEO da MCM Brand Experience.

Para mais informações sobre eventos presenciais clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: KR2 Comunicação



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento