Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A “propaganda” da fé no campo da cibercultura

A “propaganda” da fé no campo da cibercultura

09/03/2022 Kaique Duarte

É essencial que, no tempo atual, utilizemos de todos os meios de comunicação que melhor atingem o âmago da sociedade, para perpetuar o andar de cidade em cidade iniciado pelo próprio Cristo, e continuado pelos apóstolos na proclamação do reino.

“Andar de cidade em cidade a proclamar, sobretudo aos mais pobres, e muitas vezes os mais bem dispostos para o acolher, o alegre anúncio da realização das promessas e da aliança feitas por Deus, tal é a missão para a qual Jesus declara ter sido enviado pelo Pai”. (Evangelii Nuntiandi 6)

Nos primeiros séculos do Cristianismo, esse anúncio se serviu dos meios existentes mais eficazes, de forma que o Evangelho pudesse ser passado para outras gerações até chegar a nós vinte séculos depois.

E somos agora a geração responsável por levar o Santo dos Santos até as pessoas, em diferentes nações e culturas.

Isto fica bem esclarecido como uma ordem da própria Igreja no número 45 da Envagelii Nuntiandi: “No nosso século tão marcado pelos mass media ou meios de comunicação social, o primeiro anúncio, a catequese ou o aprofundamento ulterior da fé, não podem deixar de se servir destes meios conforme já tivemos ocasião de acentuar. Postos ao serviço do Evangelho, tais meios são susceptíveis de ampliar, quase até ao infinito, o campo para poder ser ouvida a Palavra de Deus e fazem com que a Boa Nova chegue a milhões de pessoas. A Igreja sentir-se-ia culpável diante do seu Senhor, se ela não lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna cada dia mais aperfeiçoados.”

Desde a primeira vinda de Jesus, Deus, na plenitude dos tempos, quis entrar na história da humanidade, quis interagir com o homem, não para nos dar conceitos, ideias, mas dar a si mesmo e, segundo o parágrafo 22 da Gaudium et Spes “por Sua encarnação, o Filho de Deus uniu-se de algum modo a todo homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano.”

Diferentemente, da Antiga Aliança, quando apenas uma vez por ano, somente o Sacerdote puro podia ir além do véu e entrar na pequena sala separada do templo chamada de Santo dos Santos, local do tabernáculo, onde estava a arca da aliança, para ali oferecer em sacrifício um cordeiro sem mancha. Aquele local era por excelência onde Deus se manifestava e comunicava-se ao seu povo.

E assim, a partir do Novo Testamento, ao encarnar-se, viver, morrer e ressuscitar, Jesus “rasgou o véu que nos separava”, e isso significa que foi destruída a separação que havia entre os homens comuns e Deus, pois por seu sacrifício, Jesus abriu-nos o caminho para a presença d’Ele.

A novidade do Evangelho, a proximidade de Deus, fez com que aqueles que haviam experimentado o seu Amor e testemunhado a vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo, não só aderissem ao que Ele lhes havia ensinado, mas propagassem seus feitos com ardor no coração por todos os lugares.

Apaixonados por um Deus próximo, acessível, os primeiros cristãos, aqueles que conviveram com Jesus, tornaram-se inevitavelmente apóstolos, ou falavam de Cristo, ou não se amava a Cristo.

Evangelizar é uma obrigação que se impõe para todo aquele que experimenta diariamente a presença de Deus, que antes era reservada apenas para os sacerdotes, que entravam uma vez por ano no templo.

No contexto da cibercultura, fazer propaganda da fé utilizando-se dos meios de comunicação social é ter em mente que ao fazê-lo, opta-se por adentrar num lugar pouco evangelizado tal e qual os reinos pagãos nos quais ousaram entrar os apóstolos.

Não lançar mão dos meios de comunicação, das redes sociais para evangelizar, é velar novamente o templo como no Antigo Testamento, e separar a humanidade da presença viva, eficaz e cotidiana do Deus vivo.

* Kaique Duarte é seminarista da Comunidade Canção Nova.

Para mais informações sobre fé e cibercultura clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Assessoria de Imprensa Canção Nova



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento