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A governança de riscos e gestão em fintechs

A governança de riscos e gestão em fintechs

29/04/2022 Luciano Carvalho

Em complemento às soluções e instituições financeiras já existentes, o mercado de crédito ficou muito mais democrático com a expansão das fintechs.

Somente no Brasil, há mais de 1.200 empresas da categoria atuando - e o número só tende a crescer.

Além disso, no desafiador ano de 2020, as startups financeiras captaram US$ 1,9 bilhão em todo o mundo, superando os números de 2019.

Como evolução dessas fintechs, aumentam também as SCDs (Sociedades de Créditos Diretos), que fazem operações de crédito com recursos próprios e trazem serviços adicionais, como análise e cobrança para terceiros, além de emitirem moeda eletrônica e cartão de crédito. Segundo o Banco Central do Brasil (Bacen), das 74 fintechs de crédito operando no Brasil, 64 são SCDs.

Ao fomentar a inclusão de recursos na economia, sem dúvida, temos uma grande oportunidade em dar acesso ao crédito à população.

Mas diante do alto volume de SCDs, surge também a discussão e a necessidade da implementação de uma governança adequada aos regulamentos e boas práticas regulatórias, como, por exemplo, as exigidas pelo Bacen.

Mais que em qualquer período da história, vivemos em um ambiente com um grau de conhecimento e acesso à informação muito elevado, o que torna ainda mais possíveis cooperações e integrações entre os diversos reguladores.

A atuação do Bacen tem criado um ótimo alicerce para a evolução deste mercado e as novas regulamentações têm proporcionado uma robustez a este cenário.

Estrutura interna, prevenção à lavagem de dinheiro, compliance e gestão de riscos são só alguns dos pilares sobre os quais uma fintech em processo de transição para SCD deve se consolidar. E para auxiliar nesse desafio, compartilho um mapeamento dessas obrigações.

Ao estruturar uma área que envolve Compliance, Prevenção a Fraudes, Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Riscos, Regulatório, Controles Internos, Segurança da Informação e Auditoria Interna, podemos pensar em um modelo baseado em quatro pilares: Processos, Tecnologia, Governança e Pessoas.

Automatização e valor agregado são a base de uma área de governança, a fim de tornar os processos escaláveis e que, ao final do dia, tragam maior segurança e eficiência à empresa.

Com os avanços em automatização relacionados às principais atribuições de gestão de governança, as empresas podem ter abordagens mais inovadoras no processo de prevenção e monitoramento.

Exemplos como Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data ilustram bem isso. Com isso, deixamos de ter áreas com um custo de observância elevado para estruturas que geram valor agregado às organizações.

Já em relação à tecnologia, o pano de fundo é o ambiente em que as organizações e os profissionais relacionados com Governança de Riscos vivem: a evolução da Transformação Digital, que está em constante evolução seja nas questões de Fraudes, Dados, Monitoramentos Velocidade das Informações, Inovação, Formas de Trabalho e Recursos Humanos, afetando principalmente o modelo de atuação das próprias empresas.

Diante disso, quais os desafios que precisam ser mapeados dentro do seu contexto? A companhia está preparada em termos de equipe e tecnologia?

Quando abordamos a gestão de pessoas, é fundamental discutir o incentivo à formação e à capacitação dos profissionais.

Lembrando uma frase atribuída a Steve Jobs e que acho muito apropriada para este tema, “tecnologia sozinha não é nada. O importante é ter fé nas pessoas e acreditar que elas são boas, inteligentes e que se você der a elas ferramentas, elas irão fazer coisas maravilhosas”.

Pensando alto, como gestores de times e de equipes multifuncionais, como estamos habilitados a explorar fatores assim?

E por fim, mas não menos importante, temos a governança, com o envolvimento da Alta Direção e a criação de Comitês de Gestão que permitam o gerenciamento das organizações. Como essa área está sendo estruturada na SCD em que você atua?

Temos o desafio de trabalhar em processos inovadores, permitindo uma melhor expansão de crédito e serviços alinhados com uma governança regulatória e de riscos associados.

Além disso, possuir informações qualificadas, gestão de dados e processos formalizados e testados ajudam no fortalecimento deste novo cenário que surge, requerimento este, tanto regulatório, como por parte dos investidores, clientes e fornecedores.

* Luciano Carvalho é diretor de gestão de risco da Provu.

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Fonte: VCRP Brasil



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