Portal O Debate
Grupo WhatsApp

As eleições e a segurança pública

As eleições e a segurança pública

03/09/2018 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Os candidatos têm de saber que para resolver a segurança pública é preciso acabar com a hipocrisia.

As eleições e a segurança pública

Durante as duas primeiras semanas da campanha eleitoral – iniciada dia 16 ainda sem rádio e TV – os principais candidatos à presidência da República manifestaram sua preocupação com a segurança pública.

Isso leva à expectativa de que o tema seja um dos pontuais durante os 35 dias de exposição dos candidatos nos horários gratuitos de propaganda, nas redes sociais e nos encontros com eleitores e apoiadores.

E com absoluta razão, pois não há como se conformar com a triste realidade de viver num país com tantas áreas conflagradas, dono de uma das maiores populações carcerárias do planeta e, ainda assim, suportando mais de 60 mil homicídios por ano, um número de mortos superior ao registrado nas guerras oficialmente declaradas.

Os candidatos têm de saber que, para resolver a segurança pública, antes de tudo, é preciso acabar com a hipocrisia. Eliminar o clima demagógico criado pelas elites políticas irresponsáveis que, para arrebatar o voto, pregam uma sociedade de direitos sem deveres.

Governantes, parlamentares e sociedade têm de cair na realidade e aceitar que direito e dever caminham juntos e, quando isso não acontece, ocorre o descontrole em que hoje vivemos. Ainda mais: que todo direito tem ser calcado sobre fundamentos lícitos e, se não o são, inexistem.

Os homens e mulheres que governam este país – de forma eletiva, por força de suas nomeações ao serviço público ou por atribuições sociais – têm de trazer consigo a coragem de cumprir com suas obrigações legais sem modismos nem tergiversações.

Os falsos democratas que assumiram o poder nas últimas décadas, visando lucro e carreira eleitoral, deixaram de cumprir suas obrigações para com a segurança pública. Muitos deles, mesmo na posição de “comandante-em-chefe”, tolheram a mobilidade de suas polícias e, com isso, ensejaram a dominação do crime organizado que hoje escraviza vastas áreas. Desautorizaram suas polícias e até formaram coro ao lado dos inimigos da instituição, sempre em busca dos malditos votos. Deu no que deu.

Para vencer a verdadeira guerra em que vivemos e o permanente banho de sangue a que o país é submetido, é preciso coragem e dignidade. O governo tem de cumprir suas obrigações administrativas e sociais para com o povo. O parlamento há de reformar as leis permissivas que os tempos de demagogia produziram, e o judiciário, aplicar o ordenamento jurídico com critério e rapidez.

Às polícias, como agentes do Estado, deve-se permitir que atuem em defesa da sociedade sem o risco de seus membros serem transformados em vilões, como têm ocorrido diuturnamente em todos esses anos de irresponsabilidade político-administrativa. Só assim o nosso gigante adormecido poderá acordar desse torpor – quase coma induzido – a que foi relegado.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento