Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Bolha e demissões agitam as gigantes da internet

Bolha e demissões agitam as gigantes da internet

17/11/2022 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A demissão, nos últimos dias, de mais de 15 mil funcionários das chamadas Big Techs, donas do Facebook, Instagram, WhatsAPP e outras plataformas, agita o meio econômico.

Na verdade, as operadoras estão corrigindo cálculos e planejamentos superestimados que fragilizam os seus negócios.

Especula-se que pode ser o estouro da bolha que envolvia o setor, algo semelhante à inconsistência do mercado imobiliário norte-americano, ocorrida em 2008.

É cedo para se tirar conclusões, mas a sociedade tem de se manter atenta porque o crescimento das empresas de tecnologia lastreadas na internet absorveu importante setores que não podem entrar em colapso.

Se vier a ocorrer, os prejuízos serão volumosos. As empresas, os trabalhadores e a sociedade não terão como movimentar suas finanças, disponibilizar seus produtos ao mercado e executar todas as tarefas que hoje são desenvolvidas “online” e jamais poderão voltar aos métodos anteriores.

Os efeitos, sem dúvida, serão muito maiores do que os da crise imobiliária. Só um exemplo: os bancos, se não dispuserem do esquema tecnológico atual jamais conseguirão mão-de-obra suficiente para operar à moda antiga e, mesmo que a consiga, não terão capacidade para arcar com os salários.

Uma das justificativas para as demissões é cortar despesas porque o faturamento com publicidade não vem atingindo as metas estabelecidas.

É de se supor que as empresas do setor ousaram tornarem-se gigantes e agora, diante da inflação alta – especialmente nos Estados Unidos e Europa – os anunciantes vem encolhendo os investimentos e, sem eles, não há como sustentar tanta gente.

Importante considerar que o mercado de comunicação e prestação de serviços pelo meio digital é um caminho sem volta.

Apenas seus operadores precisam bem dimensionar sua capacidade de arrecadação para que seja suficiente para honrar os compromissos de investimentos e desembolso com pessoal e manutenção.

Algo que não deve ser tão difícil quanto no setor público, onde os órgãos e empresas são travados pela legislação que dificulta corte de gastos.

As plataformas tiveram protagonismo nas eleições ao redor do mundo. Já participaram da mudança do panorama político em muitos países. As últimas eleições tiveram forte atuação das plataformas, aplicativos e redes sociais.

Tanto que até sofreram censura por parte da Justiça Eleitoral que, por critérios próprios e discutíveis, vem banindo a participação de pessoas, inclusive parlamentares e do próprio presidente da República dentro do contexto de desarmonia entre os poderes da República.

Os problemas surgidos em campanha reforçam a tese do Presidente eleito, Lula da Silva, que há muitos anos sonha com o controle da mídia e da internet.

O Congresso Nacional deverá nos próximos meses se debruçar sobre a regulamentação do setor. É prevista grande discussão porque uma lei que regule veículos de comunicação e internet pode ser inconstitucional na medida em que venha censurar o meio.

Os parlamentares também precisam ter a coragem de adotar providências que evitem o exercício da censura por parte do Poder Judiciário, como vem ocorrendo ultimamente. Temos de buscar o aperfeiçoamento do meio e jamais o encurtamento de sua liberdade.

Quanto às Big Techs, há a esperança de que encontrem o seu ponto de equilíbrio e possam prestar serviços cada dia melhores a toda a população.

O Twitter, agora com novo dono, é uma esperança de modernização e ampliação de serviços.  Assim se faça.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Para mais informações sobre tecnologia clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!



Um mundo fragmentado

Em fevereiro deste ano completaram-se dois anos desde a invasão russa à Ucrânia.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Leitores em extinção

Ontem, finalmente, tive um dia inteiro de atendimento on-line, na minha casa.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Solidariedade: a Luz de uma tragédia

Todos nós, ou melhor dizendo, a grande maioria de nós, está muito sensibilizado com o que está sendo vivido pela população do Rio Grande do Sul.

Autor: Renata Nascimento


Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.