Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Limites ao STF e o fim da reeleição

Limites ao STF e o fim da reeleição

05/12/2023 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A política e a administração pública brasileiras deverão passar por radical mudança nos próximos meses.

No dia 13 ocorrerá, no Senado, a sabatina do ministro Flávio Dino, indicado para o Supremo Tribunal Federal e do procurador Paulo Gonet para a PGR (Procuradoria Geral da República).

Nesse episódio, o presidente Lula demonstra aos divergentes – que questionaram as indicações e sugeriram outros nomes para os postos – que quem manda é ele, na condição de destinatário dos votos que o elegeram.

Também deverá ocorrer a vo tação, na Câmara dos Deputados, da PEC nº 8/2020, já aprovada no Senado, que proíbe a invalidação de leis e atos do Executivo e do Legislativo através de decisão monocrática (de apenas um ministro) do STF.

O principal das novidades, no entanto, está reservado para o primeiro semestre de 2024.

O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e do Congresso Nacional (onde tem a prerrogativa de colocar os projetos para votação), anuncia que pautará para discussão e votação a PEC nº 16/2019, do senador Plinio Valério (PSDB-AM), que estabelece a duração do mandato dos ministros do STF (hoje vitalícios e exercendo o posto até os 75 aos de idade).

Também noticia que vai colocar em votação a PEC nº 12/2022, apresentada pelo senador Jorge Kajuru (Podemos/GO). 

O que promove o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito. O mesmo projeto também deverá aumentar o tempo do mandato desses governantes dos atuais quatro para cinco anos.

As duas matérias já suscitam discussões. A proposta de Valério é que o mandato do ministro seja de 8 anos (igual ao do senador), mas há quem defenda cinco, quatro e até dois anos (similar ao mandato do chefe da PGR) como forma de oxigenar o tribunal e dar oportunidade de aproveitamento a milhares de brasileiros capacitados a exercer a função.

O ideal é o Congresso, no exercício do seu poder de legislar, fixar o prazo de duração dos mandatos. Também se discute a nomeação de novos ministros.

Há quem defenda buscá-los preferencialmente entre os julgadores de carreira (juízes e desembargadores de primeira, segunda e terceira instância), que já têm expertise na área, e que a admissão de outros segmentos seja diminuta e passe por rigoroso processo de notório saber e preparo jurídico.

Jamais sejam as escolhas de caráter político ou ideológico. Interessante lembrar que o mesmo critério de priorizar a classe deveria ser usado também para escolher o diretor da PGR.

O fim da reeleição é menos complicado. Bastará remover a casuística emenda constitucional e retornar a Constituição ao seu texto original, que fixava o mandato do Executivo em cinco anos e vedava sua continuidade.

O tempo provou que a reeleição para o Executivo foi prejudicial ao meio pois favorece quem está no poder e prejudica os demais.

Sua extinção é de interesse nacional e dará oportunidade a mais líderes da comunidade darem sua contribuição governando o país, o estado ou sua cidade.

Favorece a prática da democracia e a participação do povo nos destinos da comunidade. As muitas mudanças políticas legaram aos brasileiros mandatos de quatro, cinco e até seis anos parta seus governantes.

O que parece mais sensato é cinco anos, o tempo fixado pelos constituintes de 1988 e depois alterado pelos que escolheram o caminho de se eternizar no poder.

Que o Congresso adote o caminho que melhor atenda aos interesses da população...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Para mais informações sobre política clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp



Solidariedade: a Luz de uma tragédia

Todos nós, ou melhor dizendo, a grande maioria de nós, está muito sensibilizado com o que está sendo vivido pela população do Rio Grande do Sul.

Autor: Renata Nascimento


Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray